terça-feira, 30 de novembro de 2004

Decisão de Sampaio recebida com agrado pelos Ministros

"Vem em boa altura, obviamente. É que já não tinha muito mais repertório", comentou o ainda Ministro Rui Gomes da Silva a propósito da decisão de Jorge Sampaio anunciada esta tarde de iniciar o processo de dissolução da Assembleia da República.

Já Morais Sarmento comentou que "é um pouco aboguecido, paga dizegue a vegdade. Estava a habituague-me a isto e vai segue chato voltague a tgabalhague. Mas pgonto, já há muito tempo que não tinha féguias de quatgo meses e foi divegtido estagmos juntos tanto tempo.

Quanto a Maria do Carmo Seabra, aparentemente nem se apercebeu que havia uma crise e continua a afirmar que está tudo em ordem e que "tenho indicações seguras que amanhã a situação já estará normalizada".

segunda-feira, 8 de novembro de 2004

Fetiches Genéticos

Neste fim-de-semana casou-se uma antiga colega do Secundário. Um crime, digo eu. A lei portuguesa, tão expedita em proibir algumas absurdidades, devia proibir estes casamentos. É verdade que praticamente não vi a rapariga em questão nos últimos 10 anos - e é verdade que também é pouco provável que a vá encontrar com muito mais regularidade nos próximos 10. Mas é uma questão de princípio. Quando temos 15 anos, há sempre aquela rapariga da turma, a boazona, aquela que enche o imaginário da puberdade de todos os rapazes e de quem se contam mil e uma histórias, 90% das quais totalmente inventadas, sendo que qualquer um de nós daria um braço para estar presente nos restantes 10%... Sabê-la casada é um golpe duro nas nossas recordações juvenis.

Aliás, se há um bom motivo para defender a clonagem de seres humanos, só pode mesmo ser este. A clonagem deveria servir para perpetuar certas pessoas escolhidas a dedo. Ou por outras palavras, para garantir que as boazonas com que nos cruzamos não se perdem em acções estúpidas como o casamento.

Por comparação a este, não vejo de facto qualquer outro uso para a clonagem que faça sentido. O pior é que, infelizmente, a clonagem está entregue à pior classe possível - os cientistas, nomeadamente aqueles que passam a vida fechados em laboratório e cuja capacidade de interacção social é inversamente proporcional à capacidade de análise científica. E depois os resultados são os que se vêem - dá-se-lhes a capacidade de clonar alguém e que fazem eles? Clonam uma Pamela Anderson? Uma Angelina Jolie? Não!... Clonam uma ovelha!!...

Uma ovelha... Foi para isto que se inventou a clonagem? Acredito que muitos pastores das frias terras de Trás-os-Montes esfreguem as mãos de contentes ante a perspectiva de poder duplicar para toda a eternidade aquela ovelha especial, a mais fofinha, quentinha e cooperante. Mas para todo o resto da população masculina mundial isto não se percebe. Ovelhas?!... É este o fetiche que grassa nos laboratórios genéticos de vanguarda?

Deveríamos todos reclamar. A clonagem é demasiado importante para estar nas mãos de quem está. Façamos um take-over hostil: a clonagem a quem de direito! Peguemos nós nas rédeas das espirais de ADN!

Clonar a Dolly? Só se fosse a Parton - e quando era nova...