quinta-feira, 29 de junho de 2006

Tiago Monteiro confirma que Albers está lixado

Extracto da conferência de imprensa que antecede o GP do EUA:

Q: Any animosity last weekend when the two of you came together, you and your team mate?
TM: No, no. I went there and I apologised. I made a mistake, I locked my rear wheels. I went straight to him and apologised, no problems. We talked and everything was clear.

Q: And then you got your football team to knock out his football team!
TM: Well, he’s not happy about that, that’s for sure. I think he took that part worse than the crash on track. He’s a big football fan. Now we’ve got the English soon, so I’m looking forward to that as well. I will have the whole team on top of me!

Definitivamente, foi dia de bater em holandeses.

Espero que o próximo jogo de bola (Ing-Por) não me venha a atrapalhar a qualificação para o GP de F1 dos EUA. Desta vez, o Tiago Monteiro podia aviar um bife (o David Coulthard, por exemplo).

domingo, 25 de junho de 2006

Portugal ganhou!!

No grande acontecimento desportivo mundial deste domingo, Portugal ganhou à Holanda.

No Grande Prémio de Fórmula 1 do Canadá, o piloto português Tiago Monteiro ficou à frente do seu colega de equipa Christian Albers, que é holandês.

Agora que a prova de F1 já acabou parece que vai dar um qualquer jogo de bola entre Portugal e Holanda, mas eu tenho que ir jantar.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

O modelo de negócio português para casamentos

Conhecendo nós a evolução que os negócios vivem actualmente e sabendo que uma boa ideia hoje pode ser ultrapassada amanhã, é natural que tradições empíricas devam ser questionadas num contexto de evolução do seu modelo de negócio... ainda mais quando o conselho pastoral comparece em peso num casamento, uma das tradições comuns mais antigas.

Eu pessoalmente sou adepto do Las Vegas business model, em que temos casamentos em 1 hora com um estupendo Elvis a conduzir e a animar a cerimónia. Porque não importar essa ideia para Portugal? Tendo em conta que não podemos usar artistas actuais, quem não gostaria de ver a sua cerimónia celebrada por um Dino Meira? Imagino mesmo, no complexo processo de preparação do casamento, ser adicionada uma nova actividade para além da escolha da quinta, do cardápio, dos convites, etc etc... a escolha do artista:

- "Que me dizes minha pombinha, queres ser casada pelo Dino Meira acompanhada pelo seu hit "Zum Zum Zum", ou pelo Raul Indipwo?"
- "Ai meu estorninhozinho, prefiro ser casada pela Amália... estar contigo é mesmo um fado"

Tem ainda uma vantagem... chega de coros de igreja que nos impingem músicas que a partir da terceira já nos parece tudo igual. Ponham concertos de heavy-metal, façam moshes do púlpito para a audiência, ponham o público a dançar.

Adicionalmente, acho que também temos espaço para inovar nos nomes dos pratos nos cardápios. Fui a um casamento onde existia "Lombinhos com triologia de purés" o que me pareceu bastante criativo... certamente referiam-se a A Guerra dos Purés, o Puré Contra-Ataca, o Regresso do Puré. Quando me casar, vou querer inovar:

Entradas
Pão
Manteigas
Azeitonas
Pasta de sardinha

Peixe
Filetes com arrozinho alegre

Carne
Frango à Foguetão

Sobremesas
Doce da avó
Doce da paróquia

Inovem meus amigos... precisamos de desenvolver este modelo. Um electricista vir dizer-nos, 5 minutos antes do nosso casamento, que o quadro eléctrico da igreja rebentou no casamento anterior e que, literalmente, o nosso casamento está "por um fio", não chega! Termos o padre a dizer que Jesus está ali entre nós e que trouxe a sua Mãe, quando o conselho pastoral está todo presente, não é adrenalina suficiente (confesso no entanto que ficámos nervosos face ao potencial da Mãe de JC vir tirar-nos umas quantas satisfações). Não chega também ter o diácono de serviço a pressionar durante a omilía para fazer filhos (caramba homem, tenha calma, deixem lá dar o beijinho primeiro)!

domingo, 18 de junho de 2006

Quem sermeja(1) assim não é gago

Acontecimentos da vida levaram o Conselho Pastoral em peso a uma igreja neste Sábado passado.

Ouvimos atentamente o padre de serviço (ao que parece era diácono...) e no fim debatemos intensamente entre nós um assunto de suprema importância nacional:

- Porque falam todos os padres com sotaque beirão (xutak bei-rãu)?

Exemplifiquemos com um excerto (transliteração livre) do sermão:

“Os prejentess aqui reunidusz xabem que o ABCD e a EFGH (não são os nomes verdadeiros...) irom derramar u xeu amor, ainda esjsta noite para consumar o matrimónio (...) e irom beber viiinho, mas não um viiinho qualquer, e xim um viiinho de qualidad. Um viiinho de qualidad.”

Ora, a verdade é que todos os padres falam assim.

E portanto concluímos que o curso de teologia incluirá certamente um cadeirão daqueles difíceis: Sotaque Beirão I, Sotaque Beirão II, e Sotaque Beirão III, com precedências para Sermão I e Sermão IV, Homília I, e Hóstias II.

Com alguma dificuldade deduzimos o encadeamento lógico. Em sotaque beirão I aprende-se as várias formas de sibilar os “ésses”. Veja-se os casos complexos de “reunidusz” e de “esjsta” em que o primeiro caso difere do segundo no declinativo do ésse porque antecede a palavra “xabem”. Parece confuso? Percebem agora porque é que Sotaque Beirão I tem precedência para Sermão I? Nem queiram perceber...

Já Hóstias II exige precedência de Sotaque Beirão III para que o padre domine a arte de falar com e sem papas na língua.

Mas deve haver cadeirões mais difíceis em teologia: Sotaina I, com corte e costura e técnicas de pregar botões; Beatas I e II, onde se aprende a despachar velhas azeiteiras; e Confissões I onde se aprende a conter o riso, por exemplo.

No entanto, porquê sotaque beirão?!?

Porque não sotaque alentejano? “E atã Deus descansou ao 7º dia, porque ao 6º ném tinha dormido a sesta...”

Ou italiano? “Ma cosa, altro miracolo? Domani, ritornati domani que io sono stanco...cazzo, che gli preti lavorati molto”

Ou japonês? “E Jesu fez milagle dos peixe, e Simão viu e gostou, e fez sashimi de salmão e saldinha, amén”.

(1) Sermejar: 1. dar sermão; 2. escrever os tópicos do sermão; 3. (pop) mijar no canto do púlpito enquanto se dá sermão; 4. dar sermões de engate a viúvas com menos de 55 anos; 5. conversas entre padres irritados; 6. Dizer disparates numa missa; 7. Falar sem que alguém preste atenção

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Portugal: veículo com 200 pedais tenta entrar no Guiness

Uma centena de ciclistas pedalaram hoje de manhã numa bicicleta com 85 metros de comprimento, percorrendo 830 metros nas ruas de Alcácer do Sal, para bater o recorde do maior veículo movido a pedais do mundo.

Normalmente, acrescentaria um comentário nonsense, mas só me ocorre dizer que depois do maior desfile do mundo de pais natais, de cães e do maior bolo rei, faltava mesmo a maior bicicleta. Faltava mesmo.

Só falta mesmo pôr os pais natais a andarem na mega-bicla e a comerem o bolo rei.

Mesmo assim, para entretenimento das massas, acho que ainda nos faltam alguns idiotas que abundam noutros países, como o gajo que tentou bater o recorde mundial de beber água, e morreu com hemorragias internas quando estava a chegar perto dos 40 litros. Ou o gajo que comia televisões partidas em bocadinhos. Ou o concurso de comer ovos cozidos em 4 minutos. Portugal tem potencial para isto e muito mais. Oohh, mas muito mais!...

terça-feira, 6 de junho de 2006

Anagramas

Os anagramas são uma daquelas curiosidades que sempre me fascinaram.
Acho piada ao conceito de pegar numa palavra ou numa frase, rearranjar as letras e encontrar outras palavras ou frases totalmente diferentes. E mais, acredito piamente que os anagramas escondem muitas vezes verdades ocultas que estão ali, à espera de serem decifradas por alguém com a paciência de procurar.

Para provar esta teoria, resolvi meter mãos à obra e pegar em algumas personalidades portuguesas para ver o que se esconde nos anagramas dos seus nomes.

Para começar, tomemos algo que não é bem uma personalidade, mas que também serve para o teste: o Parlamento. Um dos anagramas de Parlamento é peta normal, o que parece adequado, dadas as petas que normalmente por lá são ditas...
Continuemos na política... Que nos dizem os anagramas de Jerónimo de Sousa? Odiar o nome Jesus, pois claro, que a religião é o ópio do povo e nenhum comunista que se preze pode ser cristão!
Mas para além das ideologias, os anagramas revelam até os tiques da fala dos nossos políticos - veja-se o caso de Jorge Sampaio, que tem por anagrama sim ao Jorge, pá!. Já o anagrama de António Guterres desvenda a personalidade do dito enquanto primeiro-ministro: torna-te inseguro...
Experimentemos Santana Lopes... O anagrama diz... Possante anal?!... er... bom, adiante, adiante...

Mudemos para as artes, para ver se se comprova o estranho poder dos anagramas... José Saramago? O anagrama desta figura pouco simpática não mente: seja amargoso. E Margarida Rebelo Pinto? Ah, essa é aquela do mentir e plagiar obra!
Espantoso? Passemos à música, a ver o que encontramos. Sabem quem é Marco Paulo? É cá um parolo!... E os Ena Pá 2000? Na peidola, sim? (alguém se lembra do refrão da "Marilu"?...). Nos anagramas musicais, só me deparei com um mistério que não consegui explicar - o de Paco Bandeira, cujo anagrama é Abade Caprino. Não, acho mesmo que prefiro não tentar explicar esta...

Então e nós? O Quarto Segredo Da Fátima?
Bom... não sei se ponha aqui isto, mas... enfim, cá vai: o anagrama do nosso blog é Tomates do faquir da gare. (que fique bem explícito - não conheço nenhum faquir, nem tão pouco os seus tomates... mas não ponho as mãos no fogo pelos meus colegas pastorinhos...)

Para terminar, resolvi demonstrar com anagramas como Luís de Camões era um homem à frente do seu tempo. Todos conhecemos a monumentalidade d'"Os Lusíadas". Mas o que pouca gente sabe é que o épico de Camões esconde um poema séculos à frente do seu tempo, que na verdade não destoaria numa qualquer colectânea de poesia contemporânea dos nossos dias.
O que se segue é a primeira estrofe do primeiro canto d'"Os Lusíadas" ou, como se chamam na versão anagramada, "Sola Sisuda", seguida da respectiva versão em anagrama. Reparem como fica bem melhor!...


Os Lusíadas (Luís Vaz de Camões)
Canto Primeiro

As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram inda alem da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
Entre gente remota edificaram
Novo reino que tanto sublimaram

Versão em anagrama:

Sola Sisuda (A Mosca Seduzível)
Rim e Anticorpo

Sandália saborosa em assessora,
Inquieta paladina tresloucada!
Nuvem dengosa, pressa encantadora...
Paparam dois bananas martelada!!
Orgasmo desse fero espreguiçar!
Faqueiro, reumatismo, acompanhada...
Oferecer, engatar timidamente
O quão vos manobrar inultimente!...