terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Disney, Dumbo, e LSD reel 2/12

As quatro trombas unem-se, enchem o ecrã, tornam-se numa única trompete dourada que estoura. Da boca estourada sai uma banda de música, formada por elefantes cor-de-rosa!

O desenhador louco continua. Um elefante grande pisa um elefante pequeno fazendo um som de corneta, acompanhando uma música ritmada. O elefante pequeno irrita-se e dá um pontapé no traseiro do grande, que se desdobra em 3 elefantes, todos cor-de-rosa.

Então, o pequeno elefante agiganta-se, crescem-lhe 2 pratos que bate com estrondo nos 3 elefantes, transformando-os em mini-elefantes.

Disney, Dumbo, e LSD reel 1/12

Cá vai - eis uma descrição sumária da fase lunática do filme.

A bolha gigante ganha formas, e torna-se num elefante cor-de-rosa. Nem mais. Um elefante cor-de-rosa. Dumbo e o Rato esperavam talvez visão dupla, um andar torpe, e uma dor de cabeça, mas não: viram um elefante cor-de-rosa.


Da tromba do elefante sai outro. Da tromba do segundo elefante sai um terceiro. E depois um quarto. Usam as trombas como trompetes.

Disney, Dumbo, e LSD reel 0/12

Por motivos familiares, vi este fim-de-semana o DVD do Dumbo.

“Dumbo” é um tipico filme Disney, dos antigos, ainda com dobragens do Brasil.

Um amoroso elefante bebé, nascido num circo. Tem orelhas gigantes, que lhe trazem problemas, e um amigo rato que o ajuda na vida do circo.

Saltando uns passos, eis Dumbo e o seu colega ratinho a beberem água de um balde onde tinha caído a garrafa de champanhe dos palhaços, ficando embriagados. Dumbo sopra bolhas da sua tromba, inebriado pelo gás da champanhoca.

O Rato pede-lhe uma bolha gigante, e aqui, surpresa!!

Claramente, o trecho de animação seguinte foi feito debaixo de fortes efeitos de LSD.

Loucura. Loucura.

É o delírio.

Nada, absolutamente nada que não seja uma dose cavalar e geral de LSD nos estúdios da Disney pode explicar esses minutos de filme estranhíssimos. Um filme para um público infantil/juvenil, cheio de lições de moral, interrompido por uma trip violenta, uma ganza marada, louca, desvairada, delirante.

Seguem-se posts ilustrados, porque só imagens (ou muito LSD) podem traduzir o que as palavras não dizem.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2006

Presidenciais à maneira

O método de eleição por cruzinhas parece-me aborrecido. Já foi tentado muita vez, e francamente, já vi melhor em países de terceiro mundo, onde se vota com berlindes coloridos ou nos pintam os dedos todos por um dia.

Devemos inovar.

O caminho fácil seria um torneio de golfe entre os candidatos. Em vez de campanha eleitoral tínhamos 15 dias de treinos, com transmissões dos melhores momentos nos canais de sinal aberto. Além do Presidente, podíamos eleger como vice-presidente todos os candidatos que fizessem pelo menos 5 birdies.

Ou então, numa opção para a populaça, em vez de votarmos no candidato, votávamos no(s) jogo(s) ou habilidade(s) em que o candidato teria de se exceder. Tocar piano, falar 3 línguas, jogar matrecos, 110m barreiras, comer frangos em 2 minutos, arremesso de cuspe, malabarismo com 3 gatos vivos, puxar vagões com os dentes, comer cebolas, cozinhar bacalhau à Gomes de Sá, ou tudo junto, numa espécie de "Bota Botilde Presidencial" ou Jogos sem Fronteiras, apresentado pelo Jorge Gabriel.

Imagino o apresentador a dizer a Soares numa das provas: Vá, a barra ainda está a 1,40m do chão e os outros candidatos já passaram todos. Mais um esforço, homem! A seguir tem a prova de comer frangos em 2 minutos para recuperar energias.

Ou então, que se lixe, vamos pelo método tradicional, e elegemos um gajo que pareça competente. Enfim, é uma opção conservadora, que já produziu maus resultados no passado, mas seja - é o que está na lei. E depois não se queixem...