quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Trata diesel

Estranho? Nem por isso. Estava escrito num carro que vi esta manhã e dou algumas expressões sinónimas:

  • Procuro novo dono
  • Todos extras
  • Como novo

Esta mania dos Portugueses de não dizerem simplesmente "Vendo este carro" nas folhas A4 que colam nos seus carros tem uma razão de fundo - ao que parece, e temo ao entrar no campo jurídico, pagava-se imposto quando se queria anunciar a venda de algum objecto. Quem nunca comprou uma senha por "100 bolas" para um sorteio qualquer do clube de futebol local?

Acho que a minha próxima declaração de IRS dirá apenas 10.000 Fátimas. Quero ver o Fisco a pedir-me mais dinheiro...

Isto pode alargar-se a outros ramos. Os restaurantes podiam ter os preços em "Muito obrigados". Arroz de polvo: 7 Muito obrigados; bife à cortador: 9 Muito obrigados; e assim deixávamos de pagar IVA na restauração. Claro que pagaríamos sempre os 7 ou 0s 9 euros, a título de, digamos, gorjeta, ou simpatia pura.

Os carros passavam a estar cotados em rotações. Um Audi A3 por exemplo podia custar 5500 rotações. Barato? Sem IVA nem imposto automóvel...

E se pensarmos que os preços do tabaco ou da gasolina são mais de 80% impostos... Aaaah, que grande Natal que isso seria! Vou comer as 12 passas de ano novo dedicadas a esta ideia.

E ainda bem que o Natal acabou porque...

...e olhem que eu adoro o Natal, mas fico feliz quando deixo de ouvir a terceira idade, em voz gaguejante e hesitante, a declamar "e era bo...bo...nito que fôôô...sse Natal 365 dias por aaanooo, por...que assim as criancinhas eram felizes o ano todo, todo todo."

Isto é bonito uma vez por ano. Duas vezes seria giro. Três seria cansativo. Doze já seria insuportável. 365 dias por ano seria uma espécie de sessões contínuas de Floribela intercalado pelos Morangos com açucar, e com Malucos do Riso no intervalo. E à noite, Natal dos hospitais.

E isso era Natal?

Claro que não. Passaríamos à fase de "Querida, só trouxeste maçãs e pêras? E homens-aranha, já não havia?" E isto já não seria Natal. E assim faço um apelo para que o Natal continue a ser apenas uma vez por ano. Ou até mesmo só em anos bissextos, para deixar mesmo saudades.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Prendas e afins

Querido Pai Natal,

Como estás, tudo bem? Olha, não te queria pedir nada para mim, mas sim para ti, por isso cá vai:

Queria pedir que implementasses um novo sistema de recepção e tratamento de pedidos, pois DA PRÓXIMA VEZ QUE EU TE PEDIR UM PÓNEI E ME OFECERES UM CHUVEIRO, PARTO-TE A BOCA TODA, PERCEBESTE?

Obrigado e espero que as renas estejam boas, pois umas renas saudáveis dão imenso estilo e é só marcar pontos junto das babes.

Atenciosamente,

Axe

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Postal de Natal

Por nos estarmos a aproximar do Natal, aqui fica o postal oficial do Quarto Segredo, para todos os leitores habituais (vêm como nos lembramos de vocês dois?...)

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

A inevitável sugestão de Natal 2

É mesmo um livro excepcional.
Já comprei 10 exemplares, e sei de primeiríssima mão que a primeira edição já esgotou, mas a 2ª edição já está à venda. São 270 páginas de escrita aparvalhada do melhor.

Declaração de intenções: Enquanto co-autor poderei ter uma opinião pouco idónea, mas declaro que todos os meus lucros da venda da 2ª edição reverterão, numa atitude caridosa e humanista própria da época, para o bar de alterne onde trabalhava a Carolina Salgado. Desde que se soube que o Pinto da Costa era um habituée do sítio calculo que o estabelecimento tenha mais jornalistas que clientes...

A inevitável sugestão de Natal



O Natal está à porta - querem melhor presente para oferecer a amigos e família que o livro do Quarto Segredo, que reúne 3 anos de posts em duas edições (a normal e a luxuosa) de capa finamente ilustrada e conteúdo indispensável em qualquer biblioteca que se preze?

(sim, este é um post puramente comercial - não é esse o verdadeiro espírito da época?)

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

A poesia Giftiana

A propósito de um post recente noutro blog, que falava da última música dos The Gift, "Fácil de Entender", resolvi dedicar-me a algo que já queria fazer há algum tempo - uma análise às letras da banda de Alcobaça, em busca da fabulosa poesia que a muito custo nelas se esconde.

Para tal, dei-me ao trabalho de analisar as letras dos cinco álbuns dos The Gift - Digital Atmosphere, Vinyl, Film, AM-FM e Fácil de Entender. Não foi preciso ouvi-los, porque felizmente o site oficial disponibiliza todas as letras, o que me facilitou a tarefa.

Tenho de confessar – foi doloroso. Muito doloroso. Mas ao mesmo tempo, muito divertido – e deixou-me a pensar: onde raio terá esta gente a cabeça quando se põe a escrever letras?...

Ponto prévio: o que salta logo à vista ao ler as letras dos Gift é a questão do inglês. Não a questão de eles cantarem em inglês – não tenho nada contra bandas portuguesas a cantar em inglês –, mas o facto de ser um péssimo inglês. Se é para cantar em inglês, o mínimo que se pede é que saibam inglês, não?... Ou estarei a ser demasiado exigente? Será 'So why cannot find/ the true love of mine?' uma frase aceitável? Não me parece. Nem nenhum de muitos outros exemplos que são fáceis de encontrar:
"You can change of opinion everyday"
"And your heart don't cry"
"All the love you gave it to me"
"Why this happening to me"
"The things that they said us"...

Mas seria muito fácil vir aqui só falar de erros básicos de inglês. Fácil e aborrecido. Passemos às partes divertidas...

Aqui em tempos, descobri na Amazon um livro apresentado como um dos mais divertidos textos sérios em inglês: "English As She Is Spoke - Being a Comprehensive Phrasebook of the English Language, Written by Men to Whom English Was Entirely Unknown". O livro foi escrito no final do século XIX por José da Fonseca e Pedro Carolino, dois portugueses que quiseram escrever um livro que ensinasse a falar inglês – com um pequeno senão: eles próprios não conheciam a língua, socorrendo-se de um dicionário para fazer traduções literais de expressões. O livro é um conjunto surreal de frases sem sentido num inglês macarrónico que se torna hilariante de tão mau que é. Na maior parte dos casos, olhando apenas para as frases em inglês, é quase impossível descortinar o que queriam os autores dizer com algumas das expressões.

As letras dos Gift são como que uma espécie de "English As She Is Spoke" da música portuguesa – não são tão más como o livro (nada pode ser tão mau), mas são igualmente divertidas e pelo menos eles parecem levar-se tão a sério quanto os pobres escritores de há mais de cem anos. Vejamos exemplos:

'Angel's Landscape', do primeiro disco, até não começa mal:
"Somewhere in the city
There's an angel crying
And someone in the room over there
Is talking about him"

O pior vem a seguir:
"And he runs
From a purple looking"

Hã?... And he runs/from a purple looking? Que diabo...? Nem sequer consigo imaginar o que estarão eles a tentar dizer - a única hipótese que poderia eventualmente fazer algum sentido seria o pobre anjo andar a fugir de alguém que lhe quisesse dar um murro e pôr-lhe um olho roxo (purple looking, claro...), mas não deve ser isso, pois não?...

Mas este não é o único exemplo de imagens fortes – e completamente sem sentido – que a banda utiliza. Em 'Always', ainda no mesmo álbum, surgem os versos 'And you still got power to scream/ With many humans that I ever conceive'. Já nem falo na má construção da frase, porque a ideia destes versos é suficientemente estranha para nem ser necessário referi-la – de que estão vocês a falar, rapazes? Many humans that I ever conceive? Só consigo pensar que será uma música sobre o relógio biológico de Sónia Tavares a começar a dar horas.

O meu tema preferido, no entanto, é 'Concret', que aparece no segundo álbum, 'Vinyl'. Toda a letra parece querer girar em torno de coisas concretas – ou então em torno de coisas de betão. Pelo menos, é o que se subentende do título e da insistência na utilização da palavra 'concret'. O grande problema é que, em inglês, 'concret' não existe. Existe 'concrete', com um 'e' no fim, que tanto pode ser concreto como betão (lá está), mas 'concret', desculpem lá, mas não. No entanto, até aceito que, com alguma boa vontade, se pudesse passar por cima deste pequeno erro (logo na palavra que por azar é título da canção, enfim...); o que já me parece mais difícil é aceitar – ou perceber... – o que raio querem eles dizer logo nos dois primeiros versos da música: 'All those concret things like net/ And hold it' Importam-se de repetir? Concret things like net? Ontem sugeriram-me que talvez a música falasse de redes de cimento – para ser sincero, qualquer coisa já me parece possível. E que faz ali aquele 'And hold it'? Logo a seguir, começam a elencar as tais concret things e falam em 'The trees and days/ The look and cook' – que diabo, the look and cook? É impressão minha ou este cook só aqui está porque ninguém se lembrou de mais nada que rimasse com look?... Não é que os Gift pudessem fazer algo do género, escrever coisas sem sentido só por rimar, claro que não, ou não fossem eles os autores de 'Driving Me Slow' que contém este fabuloso verso no refrão: 'I will build my world, I will sing my songs I will keep my helmet on'. Sempre adorei aquela referência ao capacete. Enquadra-se na perfeição com o resto da música e tem tudo a ver com o que vem para trás. Claro que não é apenas uma tentativa meio arriscada de rimar songs com on (na música soa melhor do que parece). Afinal de contas estamos a falar da banda que escreveu coisas bonitas como:
"Lived on the top of the street in a building full of green, Field?
Was not that screen. Scream?"
(esta rima atrevida de screen com scream emociona-me!...)

Tudo isto dá que pensar – quando os The Gift cantam 'Does he know how to sing or it's terribly, terribly me' (num inglês apropriadamente terrível) apetece responder: a questão não é se ele sabe cantar, mas sim se vocês têm a mínima ideia do que querem escrever, malta...

Mais um enigma, se ainda não bastar:
"Substitute your only trouble by a bottle full of water just to prove this love about you…
if someone ever found her, put a sign inside you – 'There's only one love'."
Que raio estão eles a dizer?! Isto é indecifrável. Arrisco que isto talvez tenha algo a ver com escrever mensagens em garrafas – há ali uma bottle full of water, há um put a sign inside you (que me faz sempre lembrar o famoso 'put the cream' do Zezé Camarinha). Será isso? Message in a bottle, como no livro daquele autor maior da literatura, Nicholas Sparks? (Não seria a primeira vez que os Gift o referenciavam, por incrível que pareça – em 'An Answer' dizem 'By the time you'll read these lines I'll be gone/ like the novel "Dear John"'. Quando li isto pensei que era um piscar de olho ao primeiro verso do tema de abertura da sitcom 'Dear John', que dava há uns anos na televisão, mas os Gift falam num romance, e essa referência baralhou-me. Fui procurar e encontrei: é o último de Nicholas Sparks...)

E com tudo isto, chegamos ao fabuloso "Fácil de Entender", desta feita em português, e que é tudo menos o que o título indica – veja-se o belíssimo verso 'Se por falar falei, pensei que se falasse era mais fácil de entender'. Não, Sónia, não é fácil de entender. Nada nos Gift o é. Aliás, quer-me parecer que os Gift finalmente se aperceberam do que têm escrito ao longo dos tempos e resolveram fazer uma espécie de pedido de desculpas. Ou pelo menos admitir os erros do passado – só assim faz sentido ouvir Sónia Tavares cantar, nessa mesma música, 'sabe Deus o que quero dizer'...

E ainda assim, duvido que mesmo ele saiba...

domingo, 10 de dezembro de 2006

Casa nova - Parte 3 - O recheio

Para concluir esta abordagem à aquisição de uma nova habitação, há que falar um pouco sobre o recheio (sim, para concluir mesmo... não quero aborrecer todos os nossos leitores, até porque a maioria deles veio aqui parar ao engano, oriundos de pesquisas no Google por "ratas nuas", "ratas peludas", "revista gina" e, a minha preferida, "peidas".)

Entre electrodomésticos, papéis de parede, tintas, candeeiros e outras coisas demais, o processo decorre com uma certa normalidade. A oferta é muita, os senhores comerciantes sensatos e a imaginação representa o limite. No entanto, dois pequenos apontamentos fundamentais para quem se inicia na lide de uma casa nova: o sofá e a cama.

O Sofá
Após muitas pesquisas lá consegui perceber que são os italianos que dominam a questão dos sofás (vá-se lá saber porquê), o que não deixa de ser curioso. Sempre pensei que fossem os franceses pois toda a gente sabe que um filme francês pode representar apenas uma de duas coisas: ou sexo desenfreado do princípio ao fim, ou um diálogo assustadoramente chato do princípio ao fim. O que é que estas duas vertentes têm em comum? Ambas se passam num sofá. Ou o sexo é num sofá, ou o diálogo é num sofá. Logo, fez-me todo o sentido que fossem os franceses a dominar os sofás, mas não, são os italianos (nota mental: estar mais atento ao panorama cinéfio italiano).

O truque para a escolha de um sofá é, segundo me explicaram, experimentar a fundo. Só experimentando bem é que estamos aptos à sua escolha. Ora, isto para mim representa um grave problema. A minha utilização de um sofá passa essencialmente por dormir, estar completamente espojado a ver um filme ou sentar uma cambada de amigos em amena cavaqueira. Neste sentido, para a semana irei escolher o meu sofá, com vários DVDs, um cobertor para dormir e acompanhado obviamente de 17 amigos. Será um momento bem bonito que durará umas 14 horas!

A Cama
Se são os italianos que dominam os sofás, já os espanhóis dominam a "cena" da cama, o que me faz um certo sentido dado a sua aplicação à siesta! Os critérios para a escolha de uma cama poderão variar, mas é importante escolher uma cama que:
1 - Não faça barulho (o meu vizinho de baixo parece ser incrivelmente sensível a barulhos)
2 - Tenha uma altura razoavelmente baixa (para evitar o perigo de quedas violentas)
3 - Tenha uma aparência que nos promova junto do sexo oposto (segundo me explicaram, camas em forma de coração deixam as miúdas loucas :') )

Sendo assim, a minha cama será completamente isolada com borrachas, evitando assim barulhos, terá uma imponente altura de 4 cms e será toda ela em forma de sardinha, avizinhando-se maravilhosos momentos de pura loucura (era para escolher uma cama em forma de cheese cake, mas curiosamente não encontrei nenhuma).

Para todos vós que precisam de conselhos na preparação de uma casa, sintam-se livres em mandar um mail aqui para a Fátima (não que vos ajudemos, mas sempre dá para rir um bocado)

sábado, 2 de dezembro de 2006

Espanholadas de Natal


Não é um doce. Nem uma canção. Nem diversões com espanholas...

São os insultos da vizinhança aí do lado.

Os espanhóis escrevem grosserias e barbaridades nas caixas de brinquedos destinados às nossas criancinhas. Vejamos as 2 imagens, tiradas hoje numa loja:

Numa temos o homem aranha com trampas ocultas. Noutra fala-se em pilas. Sem querer armar-me em diácono Remédios, o que é que temos aqui?

Nós não mandamos brinquedos do homem aranha para o lado de lá da fronteira com frases como "mierdas ocultas". Nem bonecas barbie com frases como "funciona a bastos". Que o homem aranha se ponha a defecar pelos cantos dos edifícios nos episódios transmitidos em Espanha não é nada comigo, e o aranhiço até é muito asseadinho nos episódios que passam cá. Então porque vêm eles conspurcar com essa linguagem brejeira o lado de cá da fronteira? Cambada de coños...

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Casa nova - Parte 2 - A escritura

Desilusão! Desilusão foi o que senti com a escritura! Dias a fio a fantasiar com o momento da escritura e afinal não passa de um fiasco. Que desgosto.

Após ver uma conservatória que em tudo se assemelha a um crematório, achei que no mínimo o local de uma escritura poderia parecer-se, vá lá, com um jazigo. Não. Nada disso. A sala de espera é idêntica à de um hospital, com a diferença que não cheira a éter, as revistas datadas foram substituídas por publicidade a produtos bancários e as enfermeiras roliças por um segurança de cabelo espetadinho graças a vários frascos de gel.

O momento da escritura foi um fiasco. Um senhor notário (falavam do Senhor Doutor Notário como se fosse Deus himself) leu uma série de prosas bem escritas, toma lá dinheiro, dá cá chaves, felicidades e cumprimentos lá em casa e pronto... já está.

Então e a música de fundo? Sempre imaginei assinar a minha escritura ao som da banda sonora do filme "Momentos de Glória" e a única coisa que ouço é o irritante pigarrear do Senhor Doutor Notário? Nem fanfarra, nem majoretes... nada! Chego à rua não tenho ninguém a felicitar-me e quando arranco no meu carro nem uma lata presa ao pára-choques, com vários cartazes a dizer "Proprietário de Fresco"! Miséria!!!!

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Inundações

Impressionante! A chuva e as cheias que inundaram Portugal têm assumido proporções consideráveis, mas o que acho mesmo impressionante é o facto de existir sempre alguém possuidor de uma embarcação em qualquer terrinha que tenha sido inundada.

Pode até ser uma terriola no interior de portugal, no meio de um planalto e com um rio apenas a 85 Kms, lá vemos no noticiário um senhor com um ar infeliz, no seu barquinho a remos. A inundação é na Beira Interior? Lá está o senhor de ar miserável no seu barco a remos. Inundou Óbidos? Ei-lo, a remar triste e com ar de sofredor rua acima. Por mais improvável que pareça poder existir uma embarcação na localidade inundada, o que é certo é que existe sempre um indivíduo com um ar pesaroso a remar na sua embarcação. Agora que penso melhor, acho que qualquer director de reportagem dos telejornais tem avençado um senhor de barquinho a remos, só para aumentar o drama imposto na peça.

Mas pergunto-me eu: uma vez que não tenho embarcação, no dia em que a minha terrinha inundar e a água subir uns 3 metros, como é que faço para sair de casa? Num colchão de praia que ainda deve haver perdido algures nos armários? Encho vários sacos de água quente com ar e improviso uma jangada? Espero que o senhor com ar infeliz passe à minha porta no seu barquinho a remos?

Dilemas...

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

Give it to your wife

É um novo conceito de marketing, mais directo e simples para homens. A marca diz imediatamente – lavagem?, isso é com a tua mulher, pá. E isto é o suficiente para gerar o ímpeto de compra num homem. Quase dá para ler o balão de pensamento dos clientes ao lerem a etiqueta: “ahh, já percebi isto da lavagem, é simples, pois, nada que enganar, as instruções são claras, vão estas calças.”



Isto não resultaria com uma mulher. Faz parte das diferenças intrínsecas entre os dois sexos. Nunca um Suzuki Vitara, reconhecidamente um veículo de gaja, terá uma placa no stand a dizer: “Mudar pneus: deixe isso para o seu marido, é o trabalho dele”.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Casa nova - Parte 1 - O serviço

A compra de uma habitação é sempre um passo importante na vida de qualquer pessoa, ainda mais quando é a primeira casa para a qual temos que pensar em tudo a partir do zero.

Econtrando-me eu nessa situação, cedo descobri que as casas são inexplicavelmente construídas sem tudo o que devem ter. Faz algum sentido comprar uma casa a estrear e não vir sequer com um piaçaba? É normal comprar uma casa e nem sequer trazer colheres de pau, panos de cozinha, ou candeeiro na despensa? Claro que não, mas foi o cenário com que me deparei. O pânico... o horror... onde na vida se compram piaçabas? Há benchmarks de qualidade para o funcionamento do piaçaba? E colheres de pau? A Proteste já se pronunciou sobre as várias marcas? Há sequer marcas de colheres de pau?

Com o objectivo de denunciar todo este escândalo do mercado imobiliário português, proponho-me apresentar periodicamente um conjunto de reflexões sobre o que é verdadeiramente equipar uma casa nova.

Como se aproxima a data da mudança, comecei a ficar preocupado por não ter mais do que uma estante de livros e, vá lá, um candeeiro de mesa de cabeceira, pelo que resolvi começar por comprar o serviço de pratos. Porquê? Achei que era o mais simples... e claro que estava errado.

Comprar um serviço, pensava eu, deveria ser extremamente linear. Escolhíamos a colecção (sim, é muito chique comprar serviços de uma determinada colecção) e pronto, mandava-se embrulhar o kit para levar. Não, desenganem-se naifs desta vida! Comprar um serviço é um verdadeiro pesadelo!! Qual a colecção? Boa escolha, mas olhe que esta colecção tem variantes, quer tudo igual ou vai misturar? Quantos pratos? Saladeiras, vão? Das grandes ou pequenas? E travessas? Temos 132 tipos de travessas diferentes. Quantas e quais vai levar? Chávenas de café, vai querer? Concerteza, e de chá? E leite? Claro que há diferenças entre as de chá e leite... e pratos grandes? E de sobremesa? E de fruta? E sopa?

...

Juro que ainda hoje olho para as actuais prateleiras de loiça da casa onde vivo e a vida me parece muito mais simples do que naquela loja do demo, onde fui bombardeado com as mais variadas abordagens de escolha de loiça. Ainda fiz um esforço para imaginar uma belíssima refeição em cada prato que me apresentavam, mas a partir do momento que, desgastados pelo massacre da loiça, começamos a imaginar o petit gateau nas chícaras de café e que saboreamos o chá na saladeira média percebemos que a tarefa não é fácil!

Orgulhoso da minha aquisição, umas belíssimas peças de uma conhecida marca, partilhei com umas amigas decoradoras a minha selecção. A resposta profissional? "Pois, o Modelo e Continente também têm coisas muito giras"... obrigadinho, da próxima vez estarei mais atento à "Dica da Semana" do Lidl

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Corte de cabelo... again

Enquanto habitante de uma grande cidade, desde que comecei a trabalhar que tenho sentido as agruras de encontrar um barbeiro à moda antiga e que pratique um horário de trabalho compatível com o meu. Como tal tarefa é praticamente impossível, estou resignado aos "barbeiros" de centro de comercial, sobre os quais aliás já me pronunciei aqui em tempos idos.


Bom, já em estado de desespero capilar, tive mesmo que ir cortar o cabelo. Como para mim os centros comerciais são todos iguais, dirigi-me a um que tinha um cabeleireiro e lá fui para o suplício da noite!


Take 1 - O inquérito
Senhora do balcão: "Boa noite"

Eu: "Boa noite, cortam cabelo a homens"

Senhora do balcão: sem resposta, faz-me um olhar gélido

Eu: "Ah... errr... pois claro, então era para cortar, se faz favor"

Senhora do balcão: "Vai fazer mãos?"

Eu: a julgar que ela tinha perguntado "o que vai fazer com as mãos" "Bom, eu... er... depende... ainda não pensei muito nisso"

Eu: percebendo a pergunta e a estupidez da minha resposta "Ah não não, é só mesmo cabelo" (macho que é macho não faz essa coisa das mãos... ou pelo menos sem um momento de mentalização precedente)

Senhora do balcão: "Tem preferência?"

Eu: com muita vontade de dizer "sim, aquela senhora loura que está ali sentada, mesmo sendo cliente, não me importo" "Não, é o que vier"

Take 2 - A lavagem
Sou conduzido para uma cadeira por uma exótica cabeleireira. Sento-me. Ao meu lado, duas moças do elenco dos "Morangos com Açúcar" olham-me de esgelha... ajusto a gravata, não quero destoar e dar ares que não apareço frequentemente nas revistas cor de rosa. A cadeira automaticamente reclina-se e começa um intenso processo de massagens.


Ahhhhhh!!... usufruo da massagem, enquanto umas mãos começam a massajar-me o couro cabeludo. Nisto, pensando eu que já sabia onde iria passar todas minhas próximas noites, ouço uma voz grossa e gutural dizer-me "Boa noitxi sinhô, vamo relaxá p'a lavá o seu cábêlo?"


Mas... mas mas... então onde se meteu a exótica? De onde saiu este marmanjo? Onde é que os escondem? Senti-me ludibriado. Pelo sim pelo não confirmei que o que me estava a massajar as costas era mesmo o mecanismo da cadeira!


Take 3 - O corte:
Um corte normalíssimo. À minha frente, o dono do estaminé, um tal de "Moreno", mantinha uma amena cavaqueira sobre signos com uma cliente . Mantive-me calado, não fosse o responsável pelo meu corte lembrar-se de lançar para o debate temas efeminados.

Findo todo este processo, grandes agradecimentos, grandes amigos, as "Morangas com Açúcar" a dizerem-me adeus (ter-me-ão confundido, ou ficaram simplesmente contentes por me ir embora?), paguei por um corte o equivalente a quatro cortes na minha terrinha!

Que saudades dos barbeiros à moda antiga!

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Peixe podre

A 7 de Novembro de 2006, o Vietname foi admitido na OMC (Organização Mundial do Comércio). Como tenho um amigo a passar lá as suas férias nesta altura, acho que vou aproveitar para lhe pedir para trazer um frasquinho do famoso (?!??!) condimento de peixe podre. E um prisioneiro de guerra, se estiverem baratinhos...

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Cobradores Eunucos

Diz esta notícia no Portugal Diário, que uma cidade na Índia está a recorrer a eunucos para realizar a cobrança de impostos aos devedores de forma original.

Basicamente e citando a notícia, "estes cobradores apresentam-se vestidos com saris (trajes tradicionais indianos) coloridos, cantando e dançando ao som de tambores. Andam de loja em loja e pedem aos donos que paguem os impostos municipais em dívida".

Quanto a isto só tenho uma coisa a dizer: se a moda pega, se de facto este modelo de negócio se expandir para o resto do mundo, desejo muito boa sorte aos Cobradores de Fraque portugueses, pois francamente vão precisar dela para responder às expectativas do mercado! Antecipa-se uma forte expansão do negócio de capador, com importantes alianças estratégicas com os Cobradores Eunucos de Fraque!

O Natal é quando o Homem quer, ou quando os comerciantes de Lisboa quiserem

Reparei que andamos pela rua e começamos a ser bafejados com todo o tipo de motivos natalícios: enfeites, iluminações, bonecada alusiva ao pai natal... enfim, uma beleza! Claro que tudo isto seria perfeitamente normal se não estivéssemos no início de Novembro.

Mas o que é isto? Como é que devo entender este fenómeno? Deverei esperar, em finais de Dezembro, cartazes e promoções alusivas ao dia dos namorados? Em Janeiro, deveremos começar a ver mascarados na rua a preparar o Carnaval (malta da Nazaré, escusem-se de comentar esta parte)? Em Fevereiro deverei encontrar ovos da páscoa nas montras da pastelaria? Mas afinal, qual o prazo estipulado para regular a preparação de épocas festivas?

É que se a moda pega, qualquer dia até os fiéis do Islão verão o seu Ramadão antecipado um par de meses, e é vê-los caídos pelos cantos, perfeitamente esfaimados, às custas de um valente jejum de três meses! Sim, enquanto que os cristãos rebolam bem anafadinhos, às custas de andar a comer perú durante os dois meses natalícios!

Vejo apenas uma vantagem em antecipar um mês os preparativos de Natal: propôr à RTP um Natal dos Hospitais diário, onde cada dia seria num hospital diferente, sempre com o Eládio Clímaco a fazer o que melhor sabe fazer, ser ele próprio! (Eládio, ficas a dever-me uma... publicidade destas não é todos os dias)

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Os desejados caminhos da ciência

Manhã... neblina... um frio ligeiro que teima entorpecer os músculos. O organismo pede insistentemente um café. De forma hesitante acedemos!

Uma máquina sem idade debita um líquido escuro dentro de um copo que nos desanima... as manhãs outonais são no mínimo decadentes.

Rumamos para a sala de trabalho enquanto pensamos na vida, de copo na mão, onde nos aguarda um sem número de afazeres. A vida, esse momento trágico da existência de um ser no qual, empiricamente, enquadramos perfeitamente a dicotomia de um... RAISPARTA, MAS QUEM É QUE DEIXOU OS CABOS DE REDE NO CHÃO? HEIN???? UM GAJO TROPEÇA EM TUDO... MAS O QUE É ISTO???? É PRECISO DESPEDIR ALGUÉM?

Café... uma gravata cheia de café! Bonito serviço... hein meus meninos informáticos... um belo de um cabo estrategicamente colocado no chão apenas para, e sem sombra de dúvidas, fazer com que moi même tropeçasse e espalhasse uma bela mancha de café na gravata.

Bonito...

... nem Chagall conseguiria melhor composição de brancos, castanhos e vermelhos.

À noite, a lavandaria aguarda-nos com aquele ar de... lavandaria. Quando entregamos a gravata, uma pseudo-interessada empregada mantém um diálogo profundamente inspirado na Engenharia da Limpeza de Gravatas Borradas Com Café Matinal:

Ela - "É café?"
Eu - "Pois claro..."
Ela - "Tinha açúcar?"
Eu - "Pois sim..."
Ela - "Ui!"
Eu - "Ui?"
Ela - "Hummmm..."
Eu - "É grave, doutora?"
Ela - "É... muito..."
Eu - "Mas... tem recuperação"
Ela - "Pouco provável"

Resumindo - Conseguimos mandar um homem à lua... dominamos oceanos, vulcões, céus... conseguimos explicar o que na vida foi o Big Bang... conhecemos estrelas e constelações (pelo menos alguns de nós)... inventamos coisas maravilhosas como a electricidade, a medicina, a botânica... curamos doenças... inventamos vírus...

...

... mas não há um estupor que descubra como se tira nódoas de café com açúcar de uma mísera gravata?

Senhores cientistas, respondam ao meu apelo. Esqueçam lá a história do aquecimento global e outras palermices... por favor... façam com que a próxima edição da revista "Science" divulgue um paper de como tirar nódoas de café com açúcar de gravatas!

(gosto mesmo do raio da gravata)

segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Os portugueses e as suas desgraças

O povo português é na verdade um povo bastante caricato... as únicas estatísticas nas quais estamos à frente são as negativas, os únicos recordes que batemos são relativos ao maior pão de ló fabricado ou à maior abóbora plantada, comparativamente a outros países temos dos maiores níveis de sinistralidade rodoviário mas, apesar de tudo, somos um povo que encontra sempre algo de positivo nas várias situações.

Apesar de nos queixarmos recorrentemente, temos o dom de encontrar o factor sorte quando alguma fatalidade acontece. Teve um acidente de carro e partiu as duas pernas? Foi sorte, podia ter partido os braços e já não podia empurrar a cadeira de rodas! Foi assaltado e levaram-lhe tudo o que tinha? Que sorte, tenho um cunhado que me disse que foi assaltado e que lhe levaram o que tinha e o que não tinha! Foi raptado por iraquianos no âmbito da jihad islâmica? Haja sorte, podia ter sido raptado pelo Alberto João Jardim no âmbito da jihad madeirense.

Vamos lá a ser coerentes, sim? Se temos fama de cinzentões, vamos comportarmo-nos como tal e deixarmo-nos de conversas de ânimo aos desgraçados desta vida. Teve um acidente de carro e partiu as duas pernas? Está lixado, vai roer-se todo com comichões por causa do gesso e aviso já que as idas à casa de banho vão passar a ser uma pequena aventura! Foi assaltado e levaram-lhe tudo o que tinha? Bem vindo a umas maravilhosas férias no banco, registo civil, direcção geral de viação, junta de freguesia, etc, etc!!Foi raptado por iraquianos no âmbito da jihad islâmica? Errrr.... de facto aqui foi mesmo sorte, ouvi dizer que o João Jardim tem umas torturas bem terríveis com as bananas da Madeira.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Pastéis de cerveja

Hossanas à indústria nacional!

Nas 500 empresas com maior potencial de crescimento na Europa temos apenas 5 empresas.

A nossa 5ª empresa, a Sulpastéis, surge em 490º lugar. A Sulpastéis, esse gigante que vai do croquete ao rissol, da coxa de frango à empada de galinha, e da chamuça ao folhado misto, que domina Arganil e arredores (não devia chamar-se Norpastéis?), conquistou por direito próprio o seu espaço na constelação europeia do crescimento, humilhando empresas como a Nokia ou a Mercedes, incapazes de igualar um crescimento meteórico desta glória nacional.

Se houver visão e vontade, a Sulpastéis poderá mesmo comprar a Unicer, a nossa 4ª empresa da lista (na 464ª posição) e alargar a sua gama de produtos ao pastel de cerveja, que há muitos anos tenta destronar o pastel de Belém do lugar cimeiro do imaginário nacional-pasteleiro, sem qualquer sucesso.

Na verdade, parece-me que os Pastéis de Belém dificilmente resistirão a uma OPA hostil da Sulpastéis, que não hesitará em enviar as suas melhores chamuças e pastéis de massa tenra para o combate.

À Sulpasteis deseja-se um domínio avassalador. Partam com ambição à conquista da salsicha alemã, da empada de rins inglesa, do croquete francês, e da pizza congelada italiana. Hoje a coxa de frango, amanhã o Mundo!

terça-feira, 17 de outubro de 2006

A vida misteriosa dos cadáveres

Arrepiante? Nem por isso. Afinal, é o título do último lívro que comprei em vida. Até hoje, quero eu dizer.

Foi estranho. Ali estava na mesa da Bertrand um livro negro, com 2 crânios radiografados a olhar um para o outro, e eu a pensar, Que coisa miserável, quem compra isto?, e afinal tinha um pequeno autocolante vermelho a dizer Best seller internacional. Nem mais. Isto vende?, e então peguei no livro, e não mais o larguei.

É escrito com humor. Com o humor possível, claro. Mesmo nos nomes dos capítulos:

1º capítulo: Nunca se deve desperdiçar uma cabeça
2º capítulo: Crimes de anatomia (subtítulo: o roubo de cadáveres e outras histórias sórdidas dos primórdios da dissecação humana)
10º capítulo: Canibalismo médico e o caso dos pastéis humanos
11º capítulo: Do crematório para a estação de compostagem

Fala por exemplo do respeito com que os cadáveres são hoje tratados nas faculdades de medicina. Já ninguém salta à corda com os intestinos na sala de dissecação. Aborrecido, mas respeitoso. Já vão longe os tempos em que o alegre estudante de medicina cortaria 2 metros e meio de tripa e faria uma sessão de saltos à corda, até largar uma ponta espalhando merda pelas paredes e colegas enojados.

Por outro lado, apresenta histórias da antiguidade, como o caso dos mortos melificados. Ou seja, um velho em fase terminal doaria o seu corpo à medicina, comento apenas mel nas últimas semanas de vida. Quando já só urinasse e defecasse mel, sobreviria a morte e seria encerrado hermeticamente num sarcófago, imerso em mel.
100 anos depois, o sarcófago poderia ser aberto, e a pasta de mel (?!?) poderia ser usada em tratamentos médicos para salvar vidas. O método parece ter caído em desuso, talvez não só pela falta de dadores, mas porque a "pasta de mel e morto" tinha de ser... erhh... engolida à colherada!

Felizmente, o livro não apresenta quaisquer fotos de corpos em decomposição. E ainda bem.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Pyongyang, rói-te de inveja

Depois de toda a polémica que envolve os ensaios nucleares de Pyongyang, parece-me que a comunidade internacional anda pouco preventiva sobre um outro perigo bem maior - Os ensaios bananais da Madeira!

Se Pyongyang insiste em desafiar a comunidade internacional numa clara tentativa de controlar o Mundo, Alberto João Jardim insiste desafiar o Continente numa clara tentativa de controlar Portugal (e Espanha, aproveitando as sinergias da manobra ofensiva). Para tal, Alberto João Jardim tem vindo a desenvolver terríveis armas de destruição maciça, nomeadamente a banana, o bolo do caco e a versão hip-hop do "Bailinho da Madeira".

Relativamente ao desafio da Madeira ao Continente, numa clara confusão o gabinete de relações externas da Sonae já respondeu dizendo que não hesitará em lançar uma OPA a Machico e ao Curral das Freiras caso João Jardim leve avante a sua ideia de conquistar a famosa cadeia de grandes superfícies.

Quanto à problemática da banana e do bolo do caco, o gabinete do primeiro ministro já emitiu um comunicado no qual divulga que sua Excelência ficou muito satisfeita, pois é grande apreciadora de bananas e que bolo do caco nunca experimentou mas que está aberta a novas experiências.

Sobre a versão de hip-hop do "Bailinho da Madeira", o Quarto Segredo conseguiu apurar que o teledisco já se encontra em gravação, sendo a apresentação pública realizada durante os próximos 13.452.971 episódios da série Morangos com Açúcar.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

3 : azeri

Como esperado, Portugal ganhou 3:0 contra os Azeri, os tipos do Azerbaijão. Não se pedia menos, num jogo de atletas profissionais e consagrados contra tractoristas e pastores de iaques, que treinaram toda a vida com bolas de bosta de iaque comprimida, e que consequentemente mostraram-se sempre acanhados no jogo aéreo.

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Sumo concentrado

Já leram a expressão "feito à base de concentrado de sumo", que aparece nas embalagens de sumo (de laranja, por exemplo), mesmo que seja sumo 100% de fruta?

Anos a fio aquilo baralhou-me as ideias. Eu a querer comprar suminho do mais puro, do 100% de fruta, que eu imaginava espremida para dentro da embalagem, e aquela frase sempre presente: à base de sumo concentrado. Raios. Se é concentrado, deve levar água. Mas se leva água, não é 100% sumo. Então como é que ficamos?!?

Finalmente descobri o que significa. Tenebroso.

Exemplo das laranjas. Produzidas em larga escala no Brasil e na Florida. Espremidinhas em sumo para consumo mundial, e principalmente na Europa. Mas acontece que é caro atravessar o Atlântico com toneladas e toneladas de sumo. Então, para poupar, ao dito suminho de laranja é-lhe retirada quase toda a água, ficando apenas uma pasta concentrada. À chegada à Europa, junta-se outra vez água. Uma tonelada de pasta brasileira dá para 25 toneladas de sumo de laranja.

Portanto, aquilo não é sumo 100% de laranja. É pasta desidratada de sumo de laranja, diluída em água. É pasta, não é sumo. Pasta 100% de laranja. Pastoseira de laranja. Melaço de pastosice de laranja. Melaço desidratado de pastosice malcheirosa de laranja. A que juntam água do poço. Ou da torneira. Ou do Tejo. E vendem em promoções por €0,78/litro nos supermercados. Já me tinha ocorrido que 1 litro de sumo de laranja precisa de 1,5 quilos de laranja, e as laranjas custam mais de €0,78/quilo. E pensava, camandro, onde é que as fábricas vão às laranjas? E agora já sei - vão ao Brasil.

Percebo agora porque é que o sumo espremido da laranja sabe 300 vezes melhor.

Para quando as mulatas brasileiras desidratas em comprimido? Um gajo juntava-lhe 50 litros de água na banheira e 1 hora depois tinha uma mulata elegante. 80 litros e tinha uma mulata gostosona de bunda avantajada e enormes seios. 180 litros e tinha um problema difícil de tirar de casa... ou mesmo da banheira...

terça-feira, 3 de outubro de 2006

O bruxo de Fafe e o presidente do Gil Vicente

Ora foi em plena assembleia geral do Gil Vicente que o seu caricato Presidente, homem de muitas palavras, disse alto e bom som, urbi et orbi, sobre o Caso Mateus:

"Fui ao bruxo de Fafe e ele disse-me para avançar que o Gil Vicente ia ficar bem."

Isto foi antes do prazo da FIFA acabar. Antes do Gil Vicente começar a jogar na 2ª divisão. Antes dos jogadores do Gil Vicente quererem a rescisão de contrato. Antes da providência cautelar (ou coisa parecida) ter posto a ordem possível no futebol cá do burgo.

E agora senhor bruxo de Fafe? Uhm? Lindo serviço. O que é que você terá dito realmente ao caricato do Presidente do Gil Vicente? Que a Dona Fifa é uma senhora em Bruxelas, que vai lá com um jantar, uma vinhaça e palavras delicodoces?

E depois deste êxito monumental, o senhor bruxo tem muito trabalho?

E já agora, que raio de totó é que ainda vai em conversa de bruxos, e ainda vem a público alarvear-se do feito?

Palpita-me que o alcatrão e penas já vão a caminho...

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Via Verde

Por falta de bateria no meu identificador da Via Verde, dirigi-me aos balcões desta entidade para proceder à sua substituição. "Uma pequena pilha", pensei eu, ficando totalmente abismado com os 6,5€ que me levaram pela mesma! "Gatunos" vociferei, mas depois de assolado por um rasgo de bom senso lá percebi que afinal não devia estar perante uma pilha comum... não senhores... só podia estar perante uma MARAVILHA TECNOLÓGICA, UM RASGO DE GENIALIDADE DO SER HUMANO! Por isso imagino que dentro do meu pequeno identificador pode ocorrer um de dois cenários que justifique perfeitamente os 6,5€ cobrados:

a) Tal qual prodígio da física atómica, o identificador tem um pequeno reactor nuclear que o alimenta, permitindo a emissão de sinal para a Via Verde, justificando assim os 6,5 €. Entrego o identificador à menina da Via Verde, ela vai lá dentro recarregá-lo de plutónio e pronto, como novo. Ninguém me falou em radiações ou assim, mas o facto da senhora que me atendeu ter uma orelha no lábio superior e sobrancelhas nos dentes deixou-me desconfiado;

b) A minha via verde é na realidade alimentada por um hamster anão mutante amestrado com o tamanho reduzido em laboratório, permitindo que viva de forma folgada no identificador. Sempre que sente a viatura a trabalhar, o hamster corre para uma roda giratória que, ligada a um pequeno dínamo, permite gerar a energia necessária ao identificador! (reduzir hamsters em laboratório é carotes, o que justifica os 6,5€. Há ainda uma versão equivalente com baratas, à laia de combustível alternativo, que faz o mesmo efeito, resiste a um potencial holocausto nuclear e custa somente 6,2€)

Claro que uma pilha vendida nas vulgares lojas chinesas faria provavelmente o mesmo serviço... mas não... não seria a mesma coisa.

sábado, 30 de setembro de 2006

Lesboa 2006

Não conhecem? LESBOA 2006, a 30 de Setembro. Um evento LGBT. Ainda mais confusos? É uma festarola em Lisboa, para malta LGBT.

LGBT? Yup. Lésbicas, gays, bis, e trans. As configurações sexuais atípicas, os atravessados em português corrente. Parece-me uma festa discriminatória. Eu, por exemplo, que gostaria de ver uma festa Lesbos em grande acção, sinto-me excluído desta, por não aceitarem tarados sexuais de inclinações normais.

Imagino a confusão do porteiro à entrada. Lésbica? Não? Bi-sexual... mesas do canto, à direita. O menino é gay ou trans-sexual? Gay... à esquerda, por favor. E você... uhm... desisto, escolha um sítio à vontade.

Também não sei como irão fazer com as casas de banho. A tradicional divisão homem/mulher não faz aqui sentido. Uma bi-sexual feminina vai à mesma casa de banho de uma trans-sexual ex-masculina? Ou há apenas uma distinção entre “sentados” de “de pé” para efeitos de mijinhas?

Por outro lado, a iniciativa tem o seu quê de original, dentro da temática “variantes sexuais”, e acho que tem potencial para mais variantes.

Um evento CSM, por exemplo. Variantes físicas. Que riqueza de discurso, que dicotomias surgem quando um Coxo se junta em diálogo a um Maneta? 3 pés, 3 mãos, 2 cabeças. E se a conversa for aborrecida, o Surdo nem vai ligar.

E variantes temperamentais? Juntemos Comediantes Introvertidos com Maníaco-Depressivos Extrovertidos. Um evento CIMDE. Os comediantes introvertidos a rirem baixinho e para si das desgraças bradadas pelos maníaco-depressivos extrovertidos.

E misturadas de temperamentos sexuais? Um evento FEGA. As Frígidas Extrovertidas a frustarem os Garanhões Atiradiços.

Tanto potencial para festas divertidas!

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

O bacalhau vai acabar

Diz-nos o Portugal Diário que o bacalhau pode desaparecer em 15 anos. E diz-nos assim de chofre, sem uma preparação prévia, um carinho, um mimo... nada... nem um aconchego, como quem nos prepara para o embate. Não é a taínha, não é a chaputa, não é o cherne... é dito com todas as palavras, à bruta, com a crueldade espelhada em cada píxel no ecrã: O... bacalhau... pode... desaparecer... em... 15... anos!

Depois dos Dinossauros, dos Mamutes, dos Tigres Dentes de Sabre, do Mexilhão de Anel Cor-de-Rosa, chega inevitavelmente a vez do bacalhau.

É a tragédia, é o terrorismo piscícola, é o desaparecimento de um mito...

...

...

...

Caramba, e eu não consigo deixar de pensar que temos uma responsabilidade considerável neste desaparecimento, uma vez que o nosso consumo anual de peixe é o dobro da média europeia!

Finalmente participamos de forma activa e com um peso substancial em algo grande, em algo com projecção mundial. Mentalizemo-nos: a malta limpou o sebo ao bacalhau e 'mai nada. Os japoneses acabam com as baleias?? Maçaricos, nós acabamos com o bacalhau, que é uma verdadeira fera dos oceanos. Roam-se todos... NÓS SOMOS BONS, pá!

P.S. - Antecipam-se alterações às ementas dos restaurantes portugueses, onde poderemos encontrar Sardinha à Zé do Pipo, Tamboril à Brás e Fanecas à Gomes de Sá, sem esquecer obviamente as deliciosas Pataniscas de Jaquinzinhos.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

A Fátima em livro

Pois é, caros leitores. Como o Blitzkrieg já deu a entender no post anterior, temos uma grande novidade para vocês. Depois de meses e meses de preparação, horas a fio perdidas a recolher posts, formatar parágrafos, corrigir ortografias, beber cervejas, testar impressões, perder noites de sono, inventar capas, blasfemar repetidas vezes, criar prefácios de fino recorte literário, desenhar páginas, converter ficheiros, ouvir vozes, ter visões, pegar na moto-serra, trucidar os vizinhos de baixo, beber caipirinhas e procurar no google por sites de gajas, temos o prazer de apresentar:


O Quarto Segredo da Fátima - Os Três Primeiros Anos 2003-2006


O livro contém:
- quase 300 páginas de literatura do mais alto nível;
- um Prefácio exclusivo, feito propositadamente para o livro pelos Quatro Pastorinhos, num fabuloso e requintado esforço de criação colectiva;
- como se não bastasse o Prefácio, ainda temos um Antefácio, um Retrofácio e mais uns quantos Fácios;
- uma capa que é, ela própria, um objecto de arte;
- duas edições duas - uma paperback, de capa mole, ideal para ler na casa-de-banho (visto que já não está tempo para a praia) e uma hard cover, de capa dura em tecido azul e letras douradas na lombada, ideal para impressionar amigos e aquela miúda gira do terceiro direito;
- preços competitivos!!

Como prova do sucesso editorial deste livro, temos a informar que a primeira edição, limitada e numerada, já esgotou, prevendo-se que cada exemplar se torne a breve trecho uma raridade de valor incalculável. Mas não desesperem - a segunda edição já está disponível em grande força!

E para todos vocês que estão já em pulgas, mortinhos por saber onde poderão encontrar esta maravilha da literatura nacional, aqui fica o endereço da nossa própria livraria particular, onde ambas as versões do livro estão em venda exclusiva:

Souvenirs & Recuerdos da Fátima


Em futuros posts faremos a divulgação dos banners publicitários e respectivo suporte audio que farão a divulgação do livro...


(O livro é uma edição de autor nossa, conseguida graças aos serviços prestados pela Lulu.com. A Loja "Souvenirs & Recuerdos da Fátima" disponibiliza ambos os livros através do site da Lulu, onde poderão fazer as vossas encomendas. O serviço funciona e recomenda-se!)

terça-feira, 26 de setembro de 2006

Ementa de lançamento do livro



É verdade. O Quarto Segredo será disponibilizado em livro, e para comemorar a publicação, o Conselho Pastoral, constituido pelos 4 autores deste blogue, reuniu-se no passado dia 24 de Setembro para um repasto memorável, de proporções épicas e sabores divinais.

Como aperitivo para o lançamento ao público do livro, e em nome do Conselho Pastoral, deixo aqui a ementa que foi servida:

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

A erecção do menir

A imprensa de hoje apresenta-nos um interessante artigo que refere o seguinte:

"O menir do Barrocal, no concelho de Reguengos de Monsaraz, foi levantado esta segunda-feira com recurso a duas máquinas pesadas, depois de dois dias de tentativas infrutíferas para colocá-lo ao alto recorrendo apenas à força humana"

Contactados os populares do Barrocal, rapidamente se fez sentir a indignação:

- Liguei para a empresa que faz as erecções dos menires e achei uma vergonha... uma vergonha! Pedi-lhes para irem lá a casa levantar o menir ao Acácio, o meu marido, e ainda tiveram o descaramento de se rirem na minha cara. Ainda dizem que há crise!

Deolinda Pereira - 87 anos - Reformada

- Isto é mas é o despesismo público a funcionar! Alugar máquinas para levantar um mísero menir! Há mais de 20 anos que estou no negócio e nunca houve menir que falhasse à minha técnica! Por 30€ com preservativo ou 45€ sem e tinham exactamente o mesmo efeito... o senhor presidente da Junta que o diga!

Sheylla - 37 anos - Profissão não declarada com actividade em regime nocturno na rotunda do Barrocal

- Menir é uma vergonha! Menir é feio! Menir é pecado! Menir é odioso! Menir é falso!.... Os menirosos irão arder odos no inferno para aprender a não menirem aos ouros... e enho dio!!

Roberto Fagundes - 49 anos - Presidente da C.O.T.O.L. - Comissão de Omitentes de "T" e Outras Letras

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Nova colecção

Aproxima-se uma nova estação, avizinham-se alterações climatéricas e as lojas são inundadas de roupa nova, mais quente, mais aconchegante. As meninas prendadas e que gostam de estar na moda apressam-se a adquirir as novas tendências que se reflectem em camisolas, calças, botas.

Mas... a sério... vá lá meninas... please... dá para esperar que venha o frio para começarem a usar essas roupas? Miúdas deste país, lanço-vos o apelo! Está calor, está sol, o tempo ainda está abafado... MANTENHAM-SE DESCASCADAS! Quando fizer friozinho aí sim, podem tapar o corpinho com os quilinhos de lãzinhas das camisolinhas e casaquinhos que compraram, até lá NÃO ME FAÇAM SOFRER C'OA BRECA!! Sou um gajo que sofre a olhar para os outros, e ir no metro e deparar-me, como hoje de manhã, com uma miúda nova, de fato apertado, botas e gola alta... com franqueza... senti-me desfalecer de tanto calor!

Todas e quaisquer situações acima descritas não invalidam o facto de que, a partir de Março, quando começarem a sair as roupas de verão, seja totalmente compreensível que os elementos femininos as queiram experimentar desde logo, antecipando o calor que se avizinha , implicando o seu descasque prematuro. Tal facto não necessita de ser explicado pelo autor deste post, nem tão pouco deverá ser questionado por todos os leitores deste blog (todos os quatro, incluindo familiares e amigos). O autor deste post excusa-se ainda a responder a comentários relacionados com machismo, perversão ou qualquer outro assunto directamente ligado ao elemento feminino enquanto objecto sexual, uma vez que isso implicaria tempo a pensar numa boa resposta com elementos humorísticos, facto sobre o qual não se encontra manifestamente para aí virado.

P.S. - Sempre desejei escrever um post com um disclaimer

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Diário de uma meteorologista

Ontem surgiu uma senhora do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica a ser entrevistada no Noticiário da SIC, a propósito da chuva que caiu durante o dia. Fez-me impressão a forma como a senhora falava - eu sei que é normal uma pessoa apanhar certos tiques de linguagem consoante os empregos que tem, mas caramba, será que nenhum meteorologista consegue falar seja do que for em termos normais e que toda a gente perceba?
Pus-me a imaginar como seria o diário de férias daquela senhora - quase que aposto que não deve andar longe disto:

«Sexta-feira, 18 de Agosto
Querido Diário:
Chegámos finalmente à nossa praia na zona litoral centro! O início da tarde foi passado a instalar-nos na casa, mas ainda demos um salto à praia - não pudemos tomar banho porque estava mar encrespado ou de pequena vaga, com um ligeiro ventinho soprando fraco do quadrante norte. No entanto, prevêem-se melhorias significativas nas próximas 24 horas.
À noite saímos, mas notou-se um acentuado arrefecimento nocturno e acabámos por voltar a casa rapidamente.

Sábado, 19 de Agosto
Querido Diário:
Raios, que irritação! Hoje deu-se uma descida acentuada de temperatura, acompanhada por neblinas matinais e alguns chuviscos!! É impressionante, uma pessoa vem de férias para descansar e apanha com a passagem de uma frente fria que faz a costa da zona litoral centro parecer-se mais com uma aldeia perdida algures no sistema montanhoso Montejunto-Estrela!!

Domingo, 20 de Agosto
Querido Diário:
Regressámos a casa à velocidade da passagem do anticiclone dos Açores. Chega de praia por este ano! Para apanhar elevados índices de precipitação em cima, prefiro estar em casa! Pelo menos o aquecimento garante que temos estabilidade nas temperaturas máxima e mínima ao longo do dia!...
»

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

EARLY MORNING BLOGS

EARLY MORNING BLOGS

863 - La Belle Portugaise

Un homme travaille une vie entière
Un jour pour retourner
Et à l'étranger est toujours un étranger
Avec des nostalgies de son foyer
Dans le coeur apporte la femme laquelle aime
Et que toujours aimera
Ce visage joli et ce corps divin
Que il jamais n'oubliera pas

Je sais, je sais, es la jolie Portugaise
Avec laquelle je veux me marier
Déjà ai couru monde et non rencontre autre égal
Avec laquelle je veuille être
Le plus beau, plus "gostosa" des femmes
Que Dieu peut créer
Ai la nostalgie et l'espoir d'un jour
Tourner pour t'étreindre

C'est dans l'hiver qui dans ma poitrine
Est plus grand la solitude
Et cette tempête de de devoir m'attendre
L'août au le Portugal
Dans ma proposition demande à toi
Le miracle de tourner
Et de regarder ce visage joli et ce corps divin
Que je jamais n'oublierai pas


(Marante)

*

Bom dia!

O amor é tão lindo

O ser humano, sensível e emotivo, desenvolve capacidades absolutamente fascinantes de partilhar com a sua cara-metade as suas paixões e sentimentos mais íntimos, inovando cada vez mais na forma e objecto de o fazer!

E foi com isso mesmo que me deparei durante um passeio pelo mundo do Blogger. Um jovem apaixonado, tal qual Romeu cibernauta, decidiu dedicar um pequenino espaço da internet à sua paixão... à sua Julieta.

Gostei muito do seu primeiro post, que acompanhado de uma imagem (confesso que não a percebi, mas deve ser pelo facto de ser um perfeito leigo em arte naif) revela os seus profundos sentimentos. O post reza assim:

Boas!! - Reparem como ele inicia a sua declaração. "Boas!!". Um "Boas" reforçado com dois pontos de exclamação, que revelam o avassalador potencial de tudo o que vem a seguir! Extasiante!
Xei k n ta gand coisa u projecto.. Tentei, mas n saiu kmo keria.. - Ficamos portanto a saber que o... errrr... desenho (convido-vos a ver o blog) é um projecto para a sua Julieta. Está... giro, pá!
Teresa.. to fartu d t pdir dsclp.. Faxu td po ti, max tu tax a cagar.. - Pois é, é uma ingrata... ele faz tudo por ela e ela continua a obrar. Mas, se ela está a obrar, se calhar significa que o momento para fazer tudo por ela não é dos mais oportunos, hein meu rapaz?
Tu sabes k t amu..Eu amu- te memu.. mas to a fikar um bcd farto.. - A profundidade dos sentimentos... o amor, a paixão, ele AMA mesmo... se bem que, enfim, convenhamos, já farta um bocadinho amar tanto... quer-se dizer, um gajo ama e tal e não tem retorno?? Já farta, já farta!
Xe calhar vai xer a ultima ves k posto nu blog, mas acrdita k nnka me vou esquecer d ti..AMO-TE LINDA.. - A revelação que ninguém queria acreditar... ele vai parar de "postar" nú no blog... a partir de agora só com uma camiseta e uma sunga. Está decidido, não vale a pena pressionar... a decisão, oh sim, a decisão foi tomada!
Vo tentar aguentar-me.. Mas parece k n vai valer de nda.. - Aqui deixou a dúvida no ar. Vai tentar aguentar-se a quê? A postar nú? A fazer tudo por ela? A não obrar enquanto ela está a obrar? O toque final de mistério fica a matar!

Já anteriormente no post inicial o nosso Dom Juan revelou como a conheceu, disponibilizando mais alguns dados que nos permitem compreender na plenitude todo este marasmo de sentimentos:

Conhecemo-nos de um maneira tao esquisita, iamos ver o Boss Ac...lol...e eu so queria ver onde tavam as "meninas", mas sabia k tinha uma muito perto e k me agradou muito... - Portanto, ele ia para o concerto para "sacar babes" (Boss AC, não é nada de pessoal pá) e por acaso aquela até lhe agradou muito... O chamado "agrado à primeira vista"... arrepiante!

Romeu, vai em frente... estás lá. O que fizeste é bonito e tem que ser reconhecido. Espero sinceramente que a internacional projecção da Fátima ajude a divulgar a tua mensagem.Depois de ver o esforço, de certeza que a tua Julieta fica sem argumentos para te renegar... a não ser que o Carmel de Santo António dos Cavaleiros se pronuncie de forma positiva à sua candidatura para ser mais uma de pés descalços.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Svátantrya Yoga Sádhana

Recebi num restaurante vegetariano, tipicamente frequentado por culturas alternativas, o programa de um evento. O tema revela-se promissor “Svátantrya Yoga Sádhana”. Manifestamente não sei o que quer dizer, mas que fica bem dizer aos amigos, lá isso fica:

“Para onde vou?? Estás parvo??? Não estás a par do Svátantrya Yoga Sádhana???”

E o que é isto? Aparentemente um encontro/congresso/workshop/seminário/orgia de Yogis (praticantes de Yoga) numa quinta portuguesa. O seu programa, “Intensa Prática e Teoria para Perceber a Magnitude do Ser” apresenta-se como algo, no mínimo, curioso:

Sexta-Feira
18:00 – Chegada à herdade – onde tudo estaciona as carrinhas flower-power e os Opel Kadett station bem ao estilo legalize.
18:30 – Mantrasádhana: fusão de várias técnicas yogicas através da vocalização de cânticos milenares – reparem que tudo isto bem antes de pousar as malas. É chegar e ir logo para o Karaoke Milenar.
20:00 – Jantar – Mas… duas horas e meia a vocalizar cantos milenares? De facto, com milénios de reportório nem sei se será suficiente.
21:00 – SatSanga: conversa sobre o advita (filosofia não-dualista), yoga e a vida – que é como quem diz, um prelúdio para ir tudo para a cama mais cedo dormir… bem visto bem visto, há que o reconhecer.

Sábado
7:00 – Kriyásádhana: técnicas de purificação corporal:
Dhauti (lavagem do estômago com água) e neti (lavagem do nariz e seios frontais)
– gostei desta actividade… lavagem dos seios frontais. É recomendável a inscrição na expectativa de que uma potencial yogi ache que os seios frontais são os que albergam os seus mamilos.
Uddiyana e naulikriyá: trabalho muscular para massajar e limpar os órgãos abdominais – esta técnica é sobejamente praticada nos W.C. portugueses durante o processo de limpeza da tripa, tipicamente acompanhada com a vocalização de gemidos milenares, abençoada por várias edições do jornal Record e por variadíssimos suplementos do Expresso.
Svárasádhana: purificação das nadís ida e pingalá – se repararem, a descrição desta técnica é a única que não tem o nome dos órgãos afectos traduzido. Mas caramba o nome “Pingalá”, ou “pinga lá” é claramente sugestivo. Não é recomendada a inscrição nesta técnica a pessoas mais susceptíveis.
Mayurásana: ásano de forte incidência nos órgãos abdominais, o destruidor de todos os venenos – voltamos à limpeza da tripa, desta vez à bruta, para ter a certeza que não fica lá réstia de nada!
10:00 – Pequeno-almoço – afinal, tanta limpeza de tripa para nada…
11:00 – Pránáyáma: respiração, energia e consciência
13:00 – Almoço e descanso, passeio, conversa, assimilação das práticas – portanto, depois de limpar violentamente a tripa e o resto do corpo e de passar uma manhã sem fazer nada, há que ir assimilar isto tudo. Parece-me a mim que este é o momento do lance, aquele em que já foram identificadas as yogis jeitosas e no qual se fazem abordagens como “E então jeitosa, queres partilhar uma svárasádhana com o meu pingalá?”
16:00 – Tapasyasádhana: ardência corporal para auto-superação física, emocional e mental – o momento alto do dia. Procura-se dois ou três yogis com um ar debilitado e doente, são colocados num monte de feno, regados com gasolina tântrica 98 octanas, e pronto, assiste-se a uma linda fogueira (um bocado como nas manadas de búfalos em que os fracos e doentes são os primeiros a marchar).
18:00 – Yoganidrá: descontracção, intenção e expansão – após o fogo, encontramo-nos a sós com a yogi que sacámos às 13:00, momento no qual estas três palavras, descontracção, intenção e expansão, querem mesmo dizer “Descontrai miúda, quero dar-te prazer mas tens que te abrir um bocado mais”.
20:00 – Jantar
21:00 – YogArte: Expressão e celebração do Ser através da dança, mantra, música ou qualquer forma de arte – gosto muito de “(…) ou qualquer outra forma de arte”. Só sabe tocar sanfona? Não interessa! Apenas domina a dança da morte Zulu? Também serve! A única expressão do Ser que conhece é comer pregos no pão de faca e garfo? Está perfeito… o YogArte comporta tudo.

Domingo
7:00 – Sádhana: Kriyá, ásana, pránáyáma, yoganidrá e samádhi
– a consolidação de técnicas, logo às 7 da manhã, ainda com a ressaca dos chás de menta bebidos a mais durante o YogArte
9:30 – Pequeno-almoço
10:30 – Ásanabandha: força, flexibilidade, consciência corporal e canalização das energias geradas – fundamental esta parte… a comida vegetariana habitualmente servida nestes encontros tem efeitos laxativos potentíssimos, e é fundamental que o yogi saiba canalizá-los devidamente, correndo sérios riscos de ter que ir fazer um uddiyana e naulikryiá à pressa (para quem não se lembra eram as actividades destinadas a limpar os órgãos abdominais)
12:00 – Bíjásádhana: activação e sensibilização dos chakras – é normal que após uma hora e meia numa actividade de força e flexibilidade, ainda por cima com base no conhecimento comum do que são as posições do yoga, exista um conjunto de membros que deixem de funcionar. Bíjásádhana é mesmo isto, tirar a dormência de braços e pernas e tornar o corpo normal outra vez.
13:00 – Almoço
15:00 – ShivaShaktínyásanartanasádhana: a dança cósmica – um nome bonito e fácil de pronunciar, é o mínimo que se pode dizer desta actividade. Ainda por cima algo que representa a dança cósmica, o que quer que isso seja.
17:00 – Chakrasádhana: encerramento do evento. Prática em círculo para partilhar entre todos as energias acumuladas durante o fim de semana, aumentando a união e desenvolvimento de cada um – ei-la, a orgia final! Regojizem-se yogis, aqueles que não conseguiram “pontuar” durante o evento. Está no programa, é oficial, pessoas pagaram e inscreveram-se para isto. Meninos, preparem os vossos pingalás. Meninas, venham daí as vossas nadís. E rápido, que só vão ter meia hora!
17:30 – Beijos e abraços – acho maravilhoso incluir num programa de um evento algo como “Beijos e abraços”. Já imagino a cena. “Bom pessoal, vamos lá isto. São cinco e meia, toca a dar beijos e abraços para cumprir o programa e tentemos ser rápidos, que a esta hora já deve ser complicado passar a ponte”.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

De nenúfar em nenúfar...

...fui saltitando internet fora. E descobri isto através d'O insurgente:

A carne de cavalo, de mula e de burro não é recomendável. Fica estritamente proibido o seu consumo se o animal tiver sido sodomizado, quando vivo, por um homem. Nesse caso, é preciso levar o animal para fora da cidade e vendê-lo.

Quando se comete um ato de sodomia com um boi, um carneiro ou um camelo, a sua urina e os seus excrementos ficam impuros e nem mesmo o seu leite pode ser consumido. Torna-se, pois, necessário matar o animal o mais depressa possível e queimá-lo, fazendo aquele que o sodomizou pagar o preço do animal a seu proprietário.

Onze coisas são impuras: a urina, os excrementos, o esperma, as ossadas, o sangue, o cão, o porco, o homem e a mulher não-muçulmanos, o vinho, a cerveja, o suor do camelo comedor de porcarias.

O vinho e todas as outras cervejas que embriagam são impuros, mas o ópio e o haxixe não o são.

Esta fina prosa saiu da pena do Aiatolá Khomeini. Nem mais. O homem está morto mas deixou um importante legado escrito, que inclui instruções sobre como defecar sem estar virado para Meca e defendeu que basta uma pedrinha, um pedaço de pano, ou um pedaço de osso para limpar o rabiosque depois da evacuação.

Parece brincadeira mas é para levar a sério, até porque:

No caso de o homem - que Deus o guarde disso! - fornicar com animal e ejacular, a ablução será necessária.

Safa!

No fundo, tenho que admitir que faz sentido. Ora se o pobre animal foi sodomizado - provavelmente contra a sua vontade - e como consequência será vendido fora da cidade (cavalos, burros e mulas sodomizados) ou morto e queimado (restantes animais, como cabras e ovelhas), então o gajo que sodomizou e ainda teve o desplante de ejacular, tem de sofrer uma ablução. Pá, é o mínimo. Se ejaculou, tem que lavar o mastro. É uma recomendação sensata do grande imã. Seria uma nojeira, todos aqueles restos de merda de boi colados ao mastro com a nhanha da ejaculação... yuck!O Khomeini parece ser um entendido.

Não admira que o Khomeini tivesse tanto tempo no poder no Irão - o homem teve de deliberar sobre tudo e mais alguma coisa. Vejo-o agora com outros olhos - terá sido um homem de Estado, preocupado com os assuntos mundanos do seu povo. Nada lhe escapou, desde a forma apropriada de defecar e limpar o cuzinho até o que fazer com animais sodomizados, colocando os equídeos num plano à parte (gostos particulares do próprio Khomeini?!).

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Aniversário do 4SF: 3 anos

Começou a 30 de Julho de 2003.

3 anos na blogosfera. Sem nunca revelar o quarto segredo.

Há 3 anos, foram os primeiros passos. O monstro ergueu-se com choques eléctricos, e hoje já não usa fraldas nem bebe pelo biberão. É um blogue crescidinho, com uma idade respeitável no meio da maralha. Hip, hip, hurra!

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Extreme ironing

Cá está. É o desporto da moda.

Chama-se "extreme ironing" e consiste em passar a ferro em sítios radicais. Uh-hu! Loucura!

A própria wikidedia já cobre o assunto e dá exemplos: "Some locations where such performances have taken place include a mountainside of a difficult climb; a forest; in a canoe; while skiing or snowboarding; on top of large bronze statues; in the middle of a street; underwater; under the ice cover of a lake; and in warzones. The performances have been conducted solo or by groups.

Ao que parece, já muito foi tentado, faltando talvez passar uma camisinha a ferro nas encostas de um vulcão activo ou nos intestinos de um elefante.

Depois de 4 segundos a pensar, lembrei-me de algumas alternativas razoáveis. "Extreme shaving" pode ser a próxima grande moda. Experimentem fazer a barba enquanto surfam ondas de 3 metros. Isso sim. Um corte aqui e ali, rapidamente lavado por água salgada.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Também na Antena 1

O António Macedo teve este estranho diálogo (aqui resumido) com um adepto português de 26 anos, residente na Alemanha à 13.

António Macedo: Então o meu amigo é treinador de futebol, só com 26 anos?
Adepto: É verdade, treino uma equipa desde os 24.
AM: E o que faz mais na vida?
A: Nos tempos livres ando com a retroescavadeira (sic) a abrir terrenos para lagos.
AM: Lagos? De que tamanho?
A: Tamanho? Assim do tamanho do molde de gesso. Mas são grandes.
AM: Mas assim para que tamanho?
A: Não sei... mas os maiores cabem lá umas 3 ou 4 pessoas. E também há aqueles de borraicha (sic). Os de borraicha (sic) são maiores.
AM: Pois, e quem compra esses lagos?
A: Os alemães.
AM: Ehhr... pois, pois. Mas que tipo de pessoa é que compra um lago desses?
A: Os alemães.
AM: Uhm. E diga-me, vive na Alemanha há muito tempo?
A: Há 13 anos, desde os 13, porque vivia com a minha avó que morreu. E vim viver com o meu pai, na fábrica.
AM: Na fábrica? Tem casa na fábrica?
A: Sim.
AM: Mas é assim algum... campus da empresa, junto à fábrica?
A: Não, vive dentro da fábrica.
AM: Dentro da fábrica?
A: Sim, tem as chaves da fábrica.
AM: As chaves?!? Mas dorme onde?
A: Na fábrica.
AM: Na fábrica?
A: Tem lá um apartamento que é da empresa, e dorme lá, porque fica a guardar as instalações.

Quando ouvi isto, até me engasguei com os ouvidos a quererem cair pela garganta abaixo.

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Frase do Mundial

A melhor frase ouvida desde o início do Mundial de futebol é da autoria de um adepto entrevistado em directo pela Antena 1 no Marquês de Pombal, em Lisboa, depois do Inglaterra-Portugal:

"Ia-me saindo o coração pelas órbitas!!!!..."

Hoje Deus foi português... amanhã logo se vê

Acho que em jogos de futebol do mundial deveríamos garantir que vamos sempre a penalties. Isto porque uma das figuras principais é o guarda-redes, e se a vida correr bem ao nosso Ricardo vão-lhe dar imenso tempo de antena... e o que eu gosto de ouvir o Ricardo falar... é uma excelente fonte de material para blogs.

O Ricardo (que a devida homenagem lhe seja feita) disse em público e ainda emocionado que "Hoje, Deus foi português". Ora, sabendo eu a convicção católica de Ricardo, estou em crer que ele tem conhecimento priveligiado da Sua agenda, que certamente está condicionada pelas apostas no Bet and Win. Efectivamente, a mais famosa casa de apostas on-line anda a investigar assertivamente as apostas do utilizador The_God_2006 que tem acertado em tudo. Aliás, fontes seguras já admitem que amanhã, para o jogo de badminton entre Florianópolis e Porto de Galinhas a contar para o inter-estadual, alguém igualmente iluminado virá dizer em público que "Hoje Deus foi pernanbucano"

E como se processou o acompanhamento dos jogos lá em Cima???? É Deus rodeado de anjos e arcanjos, tudo a bufar com o falhanço de Petit, enquanto mandam uns querubins buscar mais cerveja e tremoços?? Será que Deus, vendo a sua aposta ameaçada, mandou umas chapadas celestiais a Ricardo para o colocar no caminho da bola?

Bom, o que interessa é que Deus, na próxima quarta-feira vai ter que decidir se vai ser outra vez português ou se vai ser francês! Tendo em conta a porcaria dos escargots que se comem em França, as bagettes pindéricas e o hino amaricado, acho que vai ser bastante óbvio.

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Tiago Monteiro confirma que Albers está lixado

Extracto da conferência de imprensa que antecede o GP do EUA:

Q: Any animosity last weekend when the two of you came together, you and your team mate?
TM: No, no. I went there and I apologised. I made a mistake, I locked my rear wheels. I went straight to him and apologised, no problems. We talked and everything was clear.

Q: And then you got your football team to knock out his football team!
TM: Well, he’s not happy about that, that’s for sure. I think he took that part worse than the crash on track. He’s a big football fan. Now we’ve got the English soon, so I’m looking forward to that as well. I will have the whole team on top of me!

Definitivamente, foi dia de bater em holandeses.

Espero que o próximo jogo de bola (Ing-Por) não me venha a atrapalhar a qualificação para o GP de F1 dos EUA. Desta vez, o Tiago Monteiro podia aviar um bife (o David Coulthard, por exemplo).

domingo, 25 de junho de 2006

Portugal ganhou!!

No grande acontecimento desportivo mundial deste domingo, Portugal ganhou à Holanda.

No Grande Prémio de Fórmula 1 do Canadá, o piloto português Tiago Monteiro ficou à frente do seu colega de equipa Christian Albers, que é holandês.

Agora que a prova de F1 já acabou parece que vai dar um qualquer jogo de bola entre Portugal e Holanda, mas eu tenho que ir jantar.

sexta-feira, 23 de junho de 2006

O modelo de negócio português para casamentos

Conhecendo nós a evolução que os negócios vivem actualmente e sabendo que uma boa ideia hoje pode ser ultrapassada amanhã, é natural que tradições empíricas devam ser questionadas num contexto de evolução do seu modelo de negócio... ainda mais quando o conselho pastoral comparece em peso num casamento, uma das tradições comuns mais antigas.

Eu pessoalmente sou adepto do Las Vegas business model, em que temos casamentos em 1 hora com um estupendo Elvis a conduzir e a animar a cerimónia. Porque não importar essa ideia para Portugal? Tendo em conta que não podemos usar artistas actuais, quem não gostaria de ver a sua cerimónia celebrada por um Dino Meira? Imagino mesmo, no complexo processo de preparação do casamento, ser adicionada uma nova actividade para além da escolha da quinta, do cardápio, dos convites, etc etc... a escolha do artista:

- "Que me dizes minha pombinha, queres ser casada pelo Dino Meira acompanhada pelo seu hit "Zum Zum Zum", ou pelo Raul Indipwo?"
- "Ai meu estorninhozinho, prefiro ser casada pela Amália... estar contigo é mesmo um fado"

Tem ainda uma vantagem... chega de coros de igreja que nos impingem músicas que a partir da terceira já nos parece tudo igual. Ponham concertos de heavy-metal, façam moshes do púlpito para a audiência, ponham o público a dançar.

Adicionalmente, acho que também temos espaço para inovar nos nomes dos pratos nos cardápios. Fui a um casamento onde existia "Lombinhos com triologia de purés" o que me pareceu bastante criativo... certamente referiam-se a A Guerra dos Purés, o Puré Contra-Ataca, o Regresso do Puré. Quando me casar, vou querer inovar:

Entradas
Pão
Manteigas
Azeitonas
Pasta de sardinha

Peixe
Filetes com arrozinho alegre

Carne
Frango à Foguetão

Sobremesas
Doce da avó
Doce da paróquia

Inovem meus amigos... precisamos de desenvolver este modelo. Um electricista vir dizer-nos, 5 minutos antes do nosso casamento, que o quadro eléctrico da igreja rebentou no casamento anterior e que, literalmente, o nosso casamento está "por um fio", não chega! Termos o padre a dizer que Jesus está ali entre nós e que trouxe a sua Mãe, quando o conselho pastoral está todo presente, não é adrenalina suficiente (confesso no entanto que ficámos nervosos face ao potencial da Mãe de JC vir tirar-nos umas quantas satisfações). Não chega também ter o diácono de serviço a pressionar durante a omilía para fazer filhos (caramba homem, tenha calma, deixem lá dar o beijinho primeiro)!

domingo, 18 de junho de 2006

Quem sermeja(1) assim não é gago

Acontecimentos da vida levaram o Conselho Pastoral em peso a uma igreja neste Sábado passado.

Ouvimos atentamente o padre de serviço (ao que parece era diácono...) e no fim debatemos intensamente entre nós um assunto de suprema importância nacional:

- Porque falam todos os padres com sotaque beirão (xutak bei-rãu)?

Exemplifiquemos com um excerto (transliteração livre) do sermão:

“Os prejentess aqui reunidusz xabem que o ABCD e a EFGH (não são os nomes verdadeiros...) irom derramar u xeu amor, ainda esjsta noite para consumar o matrimónio (...) e irom beber viiinho, mas não um viiinho qualquer, e xim um viiinho de qualidad. Um viiinho de qualidad.”

Ora, a verdade é que todos os padres falam assim.

E portanto concluímos que o curso de teologia incluirá certamente um cadeirão daqueles difíceis: Sotaque Beirão I, Sotaque Beirão II, e Sotaque Beirão III, com precedências para Sermão I e Sermão IV, Homília I, e Hóstias II.

Com alguma dificuldade deduzimos o encadeamento lógico. Em sotaque beirão I aprende-se as várias formas de sibilar os “ésses”. Veja-se os casos complexos de “reunidusz” e de “esjsta” em que o primeiro caso difere do segundo no declinativo do ésse porque antecede a palavra “xabem”. Parece confuso? Percebem agora porque é que Sotaque Beirão I tem precedência para Sermão I? Nem queiram perceber...

Já Hóstias II exige precedência de Sotaque Beirão III para que o padre domine a arte de falar com e sem papas na língua.

Mas deve haver cadeirões mais difíceis em teologia: Sotaina I, com corte e costura e técnicas de pregar botões; Beatas I e II, onde se aprende a despachar velhas azeiteiras; e Confissões I onde se aprende a conter o riso, por exemplo.

No entanto, porquê sotaque beirão?!?

Porque não sotaque alentejano? “E atã Deus descansou ao 7º dia, porque ao 6º ném tinha dormido a sesta...”

Ou italiano? “Ma cosa, altro miracolo? Domani, ritornati domani que io sono stanco...cazzo, che gli preti lavorati molto”

Ou japonês? “E Jesu fez milagle dos peixe, e Simão viu e gostou, e fez sashimi de salmão e saldinha, amén”.

(1) Sermejar: 1. dar sermão; 2. escrever os tópicos do sermão; 3. (pop) mijar no canto do púlpito enquanto se dá sermão; 4. dar sermões de engate a viúvas com menos de 55 anos; 5. conversas entre padres irritados; 6. Dizer disparates numa missa; 7. Falar sem que alguém preste atenção

quarta-feira, 7 de junho de 2006

Portugal: veículo com 200 pedais tenta entrar no Guiness

Uma centena de ciclistas pedalaram hoje de manhã numa bicicleta com 85 metros de comprimento, percorrendo 830 metros nas ruas de Alcácer do Sal, para bater o recorde do maior veículo movido a pedais do mundo.

Normalmente, acrescentaria um comentário nonsense, mas só me ocorre dizer que depois do maior desfile do mundo de pais natais, de cães e do maior bolo rei, faltava mesmo a maior bicicleta. Faltava mesmo.

Só falta mesmo pôr os pais natais a andarem na mega-bicla e a comerem o bolo rei.

Mesmo assim, para entretenimento das massas, acho que ainda nos faltam alguns idiotas que abundam noutros países, como o gajo que tentou bater o recorde mundial de beber água, e morreu com hemorragias internas quando estava a chegar perto dos 40 litros. Ou o gajo que comia televisões partidas em bocadinhos. Ou o concurso de comer ovos cozidos em 4 minutos. Portugal tem potencial para isto e muito mais. Oohh, mas muito mais!...

terça-feira, 6 de junho de 2006

Anagramas

Os anagramas são uma daquelas curiosidades que sempre me fascinaram.
Acho piada ao conceito de pegar numa palavra ou numa frase, rearranjar as letras e encontrar outras palavras ou frases totalmente diferentes. E mais, acredito piamente que os anagramas escondem muitas vezes verdades ocultas que estão ali, à espera de serem decifradas por alguém com a paciência de procurar.

Para provar esta teoria, resolvi meter mãos à obra e pegar em algumas personalidades portuguesas para ver o que se esconde nos anagramas dos seus nomes.

Para começar, tomemos algo que não é bem uma personalidade, mas que também serve para o teste: o Parlamento. Um dos anagramas de Parlamento é peta normal, o que parece adequado, dadas as petas que normalmente por lá são ditas...
Continuemos na política... Que nos dizem os anagramas de Jerónimo de Sousa? Odiar o nome Jesus, pois claro, que a religião é o ópio do povo e nenhum comunista que se preze pode ser cristão!
Mas para além das ideologias, os anagramas revelam até os tiques da fala dos nossos políticos - veja-se o caso de Jorge Sampaio, que tem por anagrama sim ao Jorge, pá!. Já o anagrama de António Guterres desvenda a personalidade do dito enquanto primeiro-ministro: torna-te inseguro...
Experimentemos Santana Lopes... O anagrama diz... Possante anal?!... er... bom, adiante, adiante...

Mudemos para as artes, para ver se se comprova o estranho poder dos anagramas... José Saramago? O anagrama desta figura pouco simpática não mente: seja amargoso. E Margarida Rebelo Pinto? Ah, essa é aquela do mentir e plagiar obra!
Espantoso? Passemos à música, a ver o que encontramos. Sabem quem é Marco Paulo? É cá um parolo!... E os Ena Pá 2000? Na peidola, sim? (alguém se lembra do refrão da "Marilu"?...). Nos anagramas musicais, só me deparei com um mistério que não consegui explicar - o de Paco Bandeira, cujo anagrama é Abade Caprino. Não, acho mesmo que prefiro não tentar explicar esta...

Então e nós? O Quarto Segredo Da Fátima?
Bom... não sei se ponha aqui isto, mas... enfim, cá vai: o anagrama do nosso blog é Tomates do faquir da gare. (que fique bem explícito - não conheço nenhum faquir, nem tão pouco os seus tomates... mas não ponho as mãos no fogo pelos meus colegas pastorinhos...)

Para terminar, resolvi demonstrar com anagramas como Luís de Camões era um homem à frente do seu tempo. Todos conhecemos a monumentalidade d'"Os Lusíadas". Mas o que pouca gente sabe é que o épico de Camões esconde um poema séculos à frente do seu tempo, que na verdade não destoaria numa qualquer colectânea de poesia contemporânea dos nossos dias.
O que se segue é a primeira estrofe do primeiro canto d'"Os Lusíadas" ou, como se chamam na versão anagramada, "Sola Sisuda", seguida da respectiva versão em anagrama. Reparem como fica bem melhor!...


Os Lusíadas (Luís Vaz de Camões)
Canto Primeiro

As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia lusitana
Por mares nunca de antes navegados
Passaram inda alem da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
Entre gente remota edificaram
Novo reino que tanto sublimaram

Versão em anagrama:

Sola Sisuda (A Mosca Seduzível)
Rim e Anticorpo

Sandália saborosa em assessora,
Inquieta paladina tresloucada!
Nuvem dengosa, pressa encantadora...
Paparam dois bananas martelada!!
Orgasmo desse fero espreguiçar!
Faqueiro, reumatismo, acompanhada...
Oferecer, engatar timidamente
O quão vos manobrar inultimente!...

sábado, 13 de maio de 2006

Thursday night fever in Egypt

Confirmei a história. 2 vezes. Parecia demasiado exótica, mas os inúmeros pombais no topo dos edifícios eram uma evidência palpável.

Tudo começa com o facto de no Egípto se trabalhar normalmente 6 dias por semana, com descanço à 6ª feira.

Assim, à 5ª feira à tarde, a mulher sai mais cedo para preparar 3 ou 4 pombos grelhados, ao que parece, altamente afrodisíacos. Os filhos vão para os avós. E então... alá fica grande, pelo menos por uma horinha intensa.

Muitos uivos e muito sémen derramado nas loucas 5ªas feiras à noite do Egípto...

Mulheres árabes

Quase não as vi. Em contrapartida, havia russas em barda, de férias nas águas quentes do Mar Vermelho. Quem diria que as imagens mentais do Egípto estariam povoadas de loiras de 1,80m em trajes mínimos?

Fotos não disponíveis...

Negociar em terras faraónicas

Irritante para mim, a negociação de traquitanas, perfumes, especiarias ou recuerdos. Desenvolvi uma técnica aceitável de negociação rápida.

Anuncio que não quero negociar. Quero ouvir apenas 1 preço. Se gostar compro, se não gostar, não compro. Ponto final. Recuso-me a aceitar outro preço.

Depois, escolho um produto que não quero. Pergunto o preço. O árabe responde X. Faço-me pensativo por 2 segundos e digo que não quero. Abandono o objecto e insisto em abandonar a loja. Ignoro quaisquer preços rebaixados repetindo "só 1 preço", "só 1 preço".

Pego então no objecto que quero. Repito "só 1 preço!". Por esta altura, recebo um preço decente. Poderá não ser o melhor, mas será um bom preço para quem vende e para quem compra. E só compro se achar razoável.

Desenvolvi a técnica depois de ouvir frases como "This is not China", em protesto pelos baixos valores oferecidos por mim.

Os segredos dos faraós

Num acto de coragem e loucura, aventureiro e louco, cego e determinado, fui ao Egipto. Logo a seguir às bombas em Dahab.

Trago as melhores notícias.

Afinal, os portugueses não são os piores condutores do mundo. Os egípcios dão-nos um bigode em termos de condução perigosa, mas um bigode farfalhudo.

Nas avenidas do Cairo, em 2 faixas cabem 3 filas, em 3 faixas cabem 4 filas e em 4 faixas cabem 6 filas. Incomum, mas aceitável.

500 kms a sul, tudo se torna mais complicado, à noite. As luzes das grandes avenidas são fracas e distantes. Mal dá para ver o alcatrão. E os condutores, o que fazem? Circulam de luzes apagadas, para não encandearem os condutores que vêm em sentido contrário. É uma questão do mais elementar respeito, segundo me confessou o condutor egípcio do autocarro onde eu seguia. Vá, os mais maricas andam de mínimos, para assinalarem a presença. Para os restantes, sempre que se suspeita que há um carro em rota de colisão, faz-se uma troca de máximos, como quem diz "estou aqui".
Emocionante mesmo foi quando a troca de máximos revelou que em sentido contrário vinha um camião cisterna... a ultrapassar outro camião cisterna. Percebi então o porquê de haverem tão poucos postes de iluminação - permitem uma saída airosa de estrada para evitar camiões em manobras nocturnas assustadoras.

terça-feira, 7 de março de 2006

Memórias de infância

Ao visitar este site e ao voltar a ouvir o tema do camelo Areias, apercebi-me do desperdício enorme que é ser puto: lembro-me perfeitamente das bossas do Areias, mas não faço a mínima ideia de como eram as mamas da susy paula.

sábado, 25 de fevereiro de 2006

A grande cabra

Um sudanês entendeu que se as mulheres em geral são umas cabras, então é melhor provar o original e fornicar uma cabra propriamente dita.

A BBC apresenta esta estranha notícia, confirmando que o homem foi obrigado a casar com a cabra, depois de a ter desonrado, tendo ainda pago um dote ao legítimo dono.

Não conheço as mulheres sudanesas, mas prefiro não atirar a primeira pedra ao homem...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

As muitas vidas de Maomé

Maomé, Muhammad, Mohammad, o que se quiser. Contamos aqui a história da vida dele. Nada de caricaturas, posters, ou desenhos antigos: meus amigos, temos uma fotobiografia. Nem mais. Nós temos as verdadeiras fotos de Maomé. Qual cartoons dinamarqueses. Isto sim, é informação jornalística de primeiríssima água. Roi-te de inveja, ó Jyllands não sei das quantas.

Maomé, a infância

Foi uma juventude rebelde, a atirar pedras a caravanas de camelos e a meter as mãos na prima Yasmine. Eis uma foto sua enquanto guitarrista e vocalista dos Camel Preachers:


Maomé, a puberdade:

Maomé, brindado na infância com a barba que o caracterizaria pela vida toda, decidiu na puberdade deixar crescer o cabelo mas rapar a barba.


Passou assim uma adolescência discreta, com poucas namoradas, a viajar com o pai nas caravanas comerciais entre Medina e Meca.

Maomé, os anos nas pistas de camelos:

As caravanas trouxeram-lhe o apetite pela velocidade e Maomé, já de barba mas ainda de cabelo comprido, era piloto frequente nas 500 milhas de Meca, aos cornos de 1 camelo veloz mas manco, nunca tendo ganho uma corrida, para grande frustração sua.


Maomé, o álcool e o jogo:

A frustração das corridas de camelos levou Maomé ao alcool, degradando a sua figura. Chegou mesmo a apostar que cortaria metade da barba se não ganhasse a corrida seguinte. O resultado foi este:


Foi uma fase líquida de Maomé, da qual se arrependeria, vindo a proibir o álcool mais tarde.

É nesta altura que junta os seus primeiros adoradores, que o idolatravam, dizendo "um dia serás um grande profeta, meu fofinho!":


Maomé, a meia-idade:

Com o passar dos anos, a barba cresce e a vaidade também. Escreve o "Al Corão", que sobe ao top de vendas em Medina por 14 semanas consectivas. O dinheiro do livro permite-lhe encarar a vida de forma desafogada e dedica-se a prazeres ociosos como concursos de barbas enfeitadas. Eis Maomé, ainda antes de saber que iria receber medalha de prata pela sua barba artística:


Maomé, os últimos anos:

No fim da sua vida, dedica-se a causas de beneficiência, e no fim de cada ano vestia-se com uma fatiota vermelha e distribuia prendinhas pelos vizinhos mais próximos e pelas suas 3 mulheres, inaugurando uma tradição hoje considerada judaico-cristã:


Maomé, os anos depois da morte:

Mesmo morto, a família continuou a levar o corpo para festas de beneficiência e de "Al Nahtal", porque, embora se mantivesse calado, sempre fazia companhia...


À medida que foi apodrecendo, a família deixou de autorizar desenhos ou fotografias, preferindo exaltar a sua memória e não a sua imagem. Que Alá esteja com ele.

PS: Mentes deturpadas poderão achar que isto é blasfémia, mas que se lixe. Enfim, talvez me safe com uma fatwa levezinha, com apenas um dedo mindinho do pé esquerdo cortado (do direito não, que é o meu pé favorito para remate à baliza).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Futebol para padres

Arranca hoje na Croácia a segunda edição da Champions Clerum, o campeonato de futsal para padres.
Custa-me um pouco imaginar como será um jogo destes... Que acontecerá se um jogador cometer uma falta? O árbitro mostra-lhe um cartão ou manda-o rezar 3 Pais-Nossos e 2 Avé-Marias?
Aliás, se um jogador cometer uma falta e mostrar arrependimento, o árbitro não deveria perdoá-lo imediatamente?
Até o próprio conceito de falta é estranho num jogo destes... Logo à partida porque uma falta deveria ser encarada como um pecado e por isso nenhum jogador a deveria cometer. Mas mesmo que cedesse à força da tentação e cometesse falta contra um adversário, não deveria este dar a outra face?
Estas dúvidas fazem-me duvidar um pouco da eficácia deste tipo de campeonato. Mas enfim, se calhar o problema é mesmo meu, que tenho pouca fé...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Disney, Dumbo, e LSD reel 12/12

O elefantes caem e ficam-se no ecrã, formando nuvens. Vê-se uma silhueta de árvore. O dia está a clarear. Acalmia. Vemos a árvore. Agora o Dumbo. Finalmente o Dumbo.
Dorme, angelicamente, num ramo da árvore, com um babete e um chapéuzinho. O seu amigo rato dorme em cima dele.


O LSD acabou. Estamos de volta ao filme.

Mas que loucura foi esta num filme da Disney?