sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Natal??? Nem pensem...

Meus amigos, queria dizer-vos que, e preparem-se.... respirem fundo... informação bombástica... aqui vai... NÃO É NATAL!!!

Ora bem, toda a gente sabe que, só é Natal, quando estão reunidas as características com as quais todos os anos nos identificamos. Meus amigos, só é Natal, quando o George Michael canta! Sim, só é Natal quando aquele... digamos... coiso... hummm... lança mais um dos seus best-of. Todos os anos anseio por saber se vai lançar um "The very best", "The best of", "The best of the best" ou, qui ça, um "The ultimate collection". E o que é estranho é que todos os anos alguém compra um CD que basicamente é exactamente igual ao do ano passado, apenas com uma capa e uma ordem de músicas diferente.

Adicionalmente, só é Natal quando os 3 Tenores lançam um disco novo. Que eu saiba, ainda não vi a fronha de Luciano e sus muchachos anunciada vezes sem conta nas televisões deste nosso povo.

Mais... só é Natal quando músicas irritantes entram pelos nossos ouvidos dentro e insistem em lá residir durante toda a quadra natalícia. Músicas clássicas como o Jingle Bells ou covers mais recentes como o "All I want for Christmas is You" persistem em ocupar um conjunto substancial de neurónios, fazendo com que andemos na rua a trautear estes temas tão... errrr.... enfim.... melosos. Eu próprio dou por mim a dar uns acordes vocais do "All I want for Christmas is You" no elevador e quando me apercebo, estou a centímetros do rosto da minha octagenária vizinha a cantar "Annnddd alll I want for Christmas (yes baby) IIIIIIIIIsssssssssssssss..... Yooooooooouuuuuuuuuuuuu (yeah)" ao qual ela, com o seu olhar ternurento, me passa a sua chave de casa acompanhada de uma palmada na nádega. Um perigo!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Sugestões natalícias

Esta é a pior altura do ano - a semana do Natal. É a semana de correr aos supermercados com os nervos em franja, tentando encontrar aqueles últimos presentes que não foram comprados antes porque "ainda é cedo", "há tempo" e "uiii, o que ainda falta para o Natal!!!...".

Nestes últimos dias, a questão já nem é o que se dá, mas o ter que se dar qualquer coisa, seja o que for. O desespero cresce de forma exponencial - o desespero e as filas nas lojas. Não sei se alguém já fez a correlação entre a venda de calmantes e anti-depressivos e a proximidade do Natal, mas acredito que seria um estudo com resultados interessantes.

Assim sendo, e para tentar pelo menos ajudar alguns dos nossos leitores, deixo algumas pequenas sugestões que podem salvar as compras de última hora, até porque podem ser feitas pela Internet, evitando o inferno das filas para pagar...

- Sushi-pens USB - isto sim, é transferir ficheiros com estilo. O único perigo é se o feliz contemplado com uma destas pens resolve comê-la com molho wasabi... Para além de se arriscar a partir três dentes, ainda corre sérios riscos de perder os dados que lá tiver guardado...

- Ainda dentro das ferramentas USB, mas desta vez especial para senhoras - uma interessante Bola Massajadora USB, capaz de proporcionar horas infindáveis de... er... diversão... e... errr... prazer s... se... sexxx.... bom, adiante.

- Um prático apanhador de aranhas, ideal para quem já sofreu com as tentativas frustradas de apanhar uma aranha escondida num daqueles cantos da cozinha difíceis de chegar...

- Uma mala de portátil disfarçada de caixa de pizza - o presente ideal para evitar roubos! A menos que se apanhe um ladrão esfomeado, o que pode ser potencialmente trágico: se ele se chateia ao perceber que afinal o que roubou é uma porcaria de um portátil não comestível em vez de uma pizza de anchovas, ainda se lembra de voltar atrás, violar o dono do portátil e levar-lhe todo o dinheiro. Hmmmmm... Pensando bem, esqueçam esta sugestão de prenda...

- Um rebobinador de DVDs, para evitar a irritante situação de deixar os DVDs a meio quando se termina de ver um filme. Segundo consta também pode ser usado como rebobinador de CDs, o que também dá muito jeito para quem tiver uma colecção razoável de música em casa.

- Finalmente, e em especial para crianças, a incontornável e insaciável Barbie Mil Broches, que os leitores atentos da Fátima já conhecem e da qual já pouco mais há a dizer... :)

Boas compras!

Acabado vs. Só Ares

Nota de serviço público: para quem perdeu o debate na televisão, apresentamos uma síntese dos principais momentos:

Só Ares: O meu estimado adversário é um mentecapto e atrasado mental!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr, sou cordial.
Só Ares: É uma besta sombria!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr, sou professor de economia.
Só Ares: Desgraçou o país em 10 anos, o cretino!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr estou afastado há 10 anos do pino.
Só Ares: Ele gosta de meter o dedo no cu e cheirar!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr acho que as flores nascem na Primavera, e no futuro assim há-de continuar.
Só Ares: Come macacos do nariz!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr acho que sei o que fiz...
Só Ares: Cheira mal da boca!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr não como bolo rei nem sopa...
Só Ares: Coça os tomates!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr acho que já se começam a dizer dislates...
Só Ares: Já está irritado?!? Não sabe conversar!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr parec...
Só Ares: Então? Não diz nada?! Fica calado assim, em directo! E quer ser Presidente da República?
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr eu acho que são os Portugueses que escolhem...
Só Ares: Agora que fala só diz disparates! Quem escolhe sou eu! Era o que me faltava, agora a maçada!
Acabado: Ehhrrr, eu, ehhhhrr Ehhrrr, eu, ehhhhrr eu Ehhrrr, eu.

domingo, 18 de dezembro de 2005

kiss kiss... um ou dois?

É senso comum e costuma dizer o povo que a tradição já não é o que era. Pois claro que não, a tradição evolui e muitas das vezes nem sabemos bem porquê. Refiro-me concretamente ao modo habituée de duas pessoas se cumprimentarem através do processo de encostar os rostos, simulando o barulho do beijo com os lábios no ar, vulgo "ora dê cá dois beijinhos". Mas hoje em dia já não é bem assim... porque alguém, um energúmeno qualquer com imenso tempo livre nas mãos, se lembrou de lançar a moda de dar apenas "1 beijinho". Mas que ideia veio a ser esta? É que isto traz-me, a mim que não domino a técnica, imensos problemas.

Quantas vezes vou a despedir-me de uma cara laroca, dou o primeiro avanço, e ao segundo fico com cara espetada no ar e lábios contraídos, enquanto ela me diz, a olhar como se eu fosse um perfeito abusador, "então até à vista". Pessoal do single kiss, por favor, arranjem lá um código qualquer para evitar que pessoas como eu fiquem a fazer figuras ridículas. Da próxima vez pisquem um olho, levantem um dedo, dêem estalidos com a língua... qualquer coisa, mas não me deixem mais pendurado com a cara esticada no ar como se vos tivesse a mostrar a minha colecção de pêlos de barba de estimação que evito cortar carinhosamente desde o 11º ano do liceu... ridículo, ridículo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Candidatos às Presidenciais

Ahhhhh, como eu gosto de eleições.

Adoro as campanhas, o ânimo efusivo dos candidatos a manifestarem-se perante a camada eleitoral, as ideias e debates falados e repetidos vezes sem fim... mas gosto sobretudo dos cartazes de campanha.

E são os cartazes de campanha que todos os dias, quando passo em Lisboa na Segunda Circular, me fazem ponderar nos cinco principais candidatos. "Cinco principais candidatos?" perguntam vocês... sim.... cinco principais candidatos, senão vejamos:

  • Cavaco Silva, que se apresenta nos cartazes com o seu ar confiante;
  • Manuel Alegre, com o seu ar sonhador;
  • Francisco Louçã, com o seu ar do costume;
  • Mário Soares, com o seu ar... errrr... o seu ar viciado;
  • Victor Hugo Cardinali, com o seu ar de estrela.

Sim sim, eu bem os vejo, todos nos cartazes, alinhados sequencialmente, Cavaco/Alegre/Louçã/Soares/Cardinali!!!! E em quem votar?? Cardinali parece-me, e nem poderia ser de outra maneira, a melhor escolha! O seu incentivo à educação (de trapezistas), o seu apoio às minorias (mulheres de barba), a defesa (cuspidores de fogo) e a sua excelente relação com todas as camadas políticas (palhaços), faz dele O candidato. Tem certamente o meu voto.