terça-feira, 30 de setembro de 2003

A televisão nos EUA

Enquanto deambulava pelos textos do Alma de Pássaro, eis que deparei com a descrição de um sucesso televisivo norte-americano em que os concorrentes têm de comer:

Fear Factor Spaghetti: um delicioso prato cheio de minhocas e sangue coagulado.
Útero de Porco: deliciosa parte do porco, tom rosa, a fazer lembrar couve-flor.
Pig Rectum: mais uma deliciosa parte do porco, recto e ânus constituirão certamente um dos maiores prazeres gastronómicos dos concorrentes deste programa.

Senhores directores de antena da RTP, SIC e TVI, oiçam-me - eu próprio consigo acrescentar alguns pratos de gourmet, já que a nossa televisão nunca foi além de sugerir batido de atum num anúncio:

Barata frita: 10 baratas grandes, fritas, acompanhadas de puree d'escargot em nanha verde
Cérebro de cão: o cérebro, servido no crânio do animal rafeiro, com pão torrado, em estilo sapateira...
Bolas de boi: Testículos de boi, cozidos com louro, e abertos ao meio, com molho bechamel a escorrer

E chega para os primeiros episódios... se é degradação que querem, sigam os bons exemplos...

segunda-feira, 29 de setembro de 2003

Vamos às compras

Agarrando na experiência descrita pelo nosso pastorinho Blitzkrieg, queria partilhar aqui outra grande experiência também ela traumática, vivida pelos homens portugueses que se aventuram pelas lojas de roupas, arrastados pelos instintos experimentalistas das mulheres. E porque é que não é espírito consumista, perguntam vocês? Porque na maioria das vezes elas nem compram nada, apenas experimentam e reexperimentam torturando-nos até confessarmos. Eis os vários momentos vividos :

- Entrar na loja – Ela entra, fica com olhos eufóricos e numa questão de 3 segundos tem o percurso delineado. O homem entra, tira as medidas às empregadas, e quando volta a olhar para a mulher já não a encontra.

- A escolha – Quando o homem dá com a mulher, já ela tem nas mãos 3 pares de calças, 4 tops de cores diversas, 2 camisolas e mais 3 pedaços de tecido ainda não identificados. Ela insiste em conduzir o homem a uma saia que alegadamente “era mesmo aquela que estava à procura" mas no caminho até lá ela recolhe mais um par de botas, um casaco e mais uma camisola para condizer com o dito casaco. A saia é ignorada, pois aparentemente o casaco é de morrer e era mesmo aquele casaco que andava à procura.

- A prova – O primeiro processo da prova passa por convencer a senhora que está a controlar as peças que entram e saem dos provadores. Aparentemente o limite são seis peças mas elas acham que as 15 que levam são quase a mesma coisa, por isso não deviam contar. Acabam por ficar os homens cá fora a segurar a roupa em excesso, tal qual cómoda D. Maria II. Ainda cá fora é notória a camaradagem vivida pelo grupo de homens que espera pelas respectivas. A solidariedade vivida é notória, antevendo-se por vezes manifestações silenciosas de fugas para a cervejaria mais próxima. O peso da opressão anula este espírito revolucionário. Elas saem com o primeiro set de roupa vestido e fazem a fatídica pergunta: “Então, o que é que achas?”. Qualquer que seja a resposta dada pode conduzir a uma pequena batalha. Antes de respondermos olhamos para os nossos companheiros, que mostram o ar de compaixão como quem diz “Pá, ‘tás lixado. As calças fazem-lhe o rabo gordo. Força rapaz, vai em frente, acredita.” . Respondemos a medo: “Fica bem, muito gira". Ela como gosta das calças mas também viu que lhe ficavam mal, desata num contra-ataque a dizer que nem olhámos, que é sempre a mesma coisa, para ter atenção à cinta, para reparar como ficam demasiado justas nas nádegas. Somos forçados a admitir que ela tem razão, o que leva para o confronto da já sobejamente conhecida conversa do “Mas tu achas-me gorda ???"

A cena repete-se por mais 30 minutos até ela se fartar e não comprar nada. Não compra nada porque gostava das calças que experimentou primeiro mas foram concebidas a pensar na versão Norueguesa da Olívia Palito, logo o sentimento de injustiça demove qualquer intenção de compra.

À saída, numa dissimulada tentativa de ir à FNAC, o homem recebe a resposta “Outra vez, que seca, vais lá sempre e só compras um cd ou um livro… que chatice"

sábado, 27 de setembro de 2003

Proibidas as palmas na Igreja

E mais nada! E foi assim que o Vaticano decidiu. Tal como decidiu que iria proibir as meninas de participar no coro.

Ora aqui o Blitzkrieg não pode deixar de mostrar a sua indignação! Mais proibições são necessárias e urgentes:

- As beatas têm de deixar de se peidarem na missa, para não degradarem a talha dourada e as pinturas oitocentistas das Igrejas.
- Os padres têm de deixar de usar saias e vestidos. Para quem nunca reparou, aquilo a que chamam paramento é um vestido. Ainda por cima piroso, com debruados a ouro...
- As caixas de esmolas com lâmpadas a fingirem de velinhas têm de passar a aceitar trocos. Num casamento na Nazaré depositei 1 cêntimo na máquina e aquela porcaria não acendeu nem uma vela/lâmpada! Ora a Nazaré merece melhor!
- Os pedintes à entrada têm de ser corridos a tiro de caçadeira pelo padre antes da missa.
- Um gajo ateu empedernido com eu devia poder provar as óstias. Dizem que é pior que uma bolacha maria com 5 anos, mas sem bolor. Pá, mas eu queria provar, pronto.
- Há uma igreja em Montemor o Novo que foi convertida em casa de alterne. E agora? Quem vai fiscalizar que não se batem palmas às Ucranianas? Sr. Bispo de Évora, dê um passo em frente e vá lá ver isso, homem! Gajas sim, agora palmas é que não!

Entretanto, li os comentários a esta notícia no site do Expresso. Destaco uma, por se inserir no espírito nonsense aqui do Quarto Segredo:

Explicações de "uns deuses"

Uma vez, estando em amena cavaqueira com anarquistas empedernidos numa dessas tertúlis de café já desaparecidas, foi-me "revelada" uma definição de deus na qual nunca mais deixei de poder reflectir.

Dizia um dos interlocutores:

" Eu não acredito eu deuses. Mas, se, de facto, existir um deus que criou o Homem à sua imagem, poderei sempre dizer que deus é gordo, cheira mal da boca e leva no cú.".

Pois...

quarta-feira, 24 de setembro de 2003

Portugueses, os Herbert Richards dos títulos de filmes de cinema

Tentei explicar a um inglês o filme que tinha visto no cinema no passado fim de semana e que tinha gostado bastante.

Fui ver portanto o “Inocente ou culpado“, onde contamos com um enredo bastante bom e com uma excelente interpretação do Kevin Spacey. Quando mencionei o nome do filme em inglês (para mim, e logicamente, seria qualquer coisa como “Guilty or innocent”) o meu colega não reconheceu o título. Troquei a ordem para “Innocent or guilty“ (os inlgeses são muito picuínhas com a construção das frases) e nada. Arrisquei ainda mais um ou outro nome, mas o meu colega manteve sempre a expressão de “Jolly rogers, God save the Queen, the Portuguese went mad for certain“. Desesperado, fiz uma pesquisa na net e apurei que o nome original do filme é “The life of David Gale”, que, e se os meus parcos conhecimentos de inglês não me falham, não tem nada a ver com o “Inocente ou culpado”.

Mas até quando é que a malta vai achar que somos os Herbert Richards dos títulos dos filmes. Já os estou a imaginar: “The life of David Gale???? Ná, isto é um filme sobre um prisioneiro que aguarda pena de morte por um crime que diz que não cometeu quando todas as provas indicam que sim, vamos antes chamar-lhe “Um Casa-piano no Texas"";“ – Eh pá, não faças isso que ainda the constituem arguido. Chama-lhe antes “Inocente ou culpado“ que as pessoas percebem na mesma". Bom, mas como sei que isto é uma batalha perdida, e como se não os consegues vencer junta-te a eles, aqui ficam alguns filmes que ficaram esquecidos e cujos títulos deveriam ser ajustados o quanto antes:

Original – Batman
Ajustado – Palhaço nervoso, Morcego neurótico

Original – Papillon
Ajustado – Borboletas na Guerra

Original – La vita e bella
Ajustado – A Fantástica Vida no Campo de Concentração

Original – A fish called Wanda
Ajustado – O Bacalhau da Vanda

Original – The Matrix
Ajustado – A Função Pública Portuguesa

Original – Star Wars
Ajustado – Guerras de Hollywood

terça-feira, 23 de setembro de 2003

Lojas místicas

A experiência de entrar em lojas de velas e incenso são sempre muito parecidas e esotéricas.

No balcão à entrada está uma tipa vestida de preto, cabelo pintado de preto, as unhas de roxo, e um aspecto geral de bruxa iniciática. Normalmente a bruxa está muito ocupada, entre acender velas, queimar incenso e entrar em sintonia com mundos inferiores.

3 passos dentro da loja e sentimos a parede. De incenso. O cheiro é sempre tão denso que apetece cortar à catanada. A empregada não tem culpa do aspecto ganzado - respira aquilo o dia inteiro.

As prateleiras estão cheias de artigos inúteis made in China que fazem as delícias do kitsch, para além das velas em 800 formatos e cores diferentes. Evita-se com cuidado os penduricalhos musicais, que descem em cascata do tecto da loja, e tenta-se não partir os cristais empilhados pelos cantos. As gravuras em madeira partilham o espaço com animais falsos empalhados.

À minima pergunta, a bruxa da entrada leva 2 a 3 segundos a reagir. Como quem desliga a telepatia mental com a alma do coelho empalhado da 3ª prateleira. Os olhos, normalmente sublinhados a negro, reviram ligeiramente entre olhar para as velas acesas e para o cliente incómodo.

Quando se sai da loja, apesar de ser normalmente para a atmosfera fechada de um centro comercial, sente-se o ar fresco e leve das montanhas...

É uma experiência...

sábado, 20 de setembro de 2003

O pastor de Fátima (parte III e última)

Recomenda-se a leitura das partes I e II deste post, mais abaixo no blog.

Naquela manhã nevoenta os 3 pastorinhos encontraram Fátima no cimo da oliveira, iluminada pelo brilho ténue do sol nascente. O Sr. Padre, que acompanhara os pastorinhos, olhava de espanto e sugeriu às crianças que se fossem embora para casa.
Olhou de novo para a figura vestida de branco. Admirou-lhe as mamas e disse:

- Oh Fátima, desce lá daí de cima da árvore.
- Sim, Sr. Padre. Oh Sr. Padre, olhe que ainda não me pagou a última que demos...

O Padre olhou para ela, lembrou-se da carteira perdida e disse-lhe que não se preocupasse - iria pagar.

- Estou com ideias rapariga. Irei fazer aqui um santuário com o teu nome.
- Um santuário? Para quê Sr. Padre? Um bordel não dá mais dinheiro?
- NÃO RAMEIRA! Um santuário. Uma grande igreja. E uma praça enorme, até àquele pinheiro alto lá ao fundo, para as festas religiosas.
- Ehhhh que exagero! Até lá ao fundo? Nãããããoooo. Isso são uns 300 metros!
- E aqui, debaixo da oliveira onde apareces aos putos vestida de branco... será um local de peregrinação. Cheio de caixas grandes onde a populaça irá meter o dinheiro. E mediremos o dinheiro nas caixas com reguas do tamanho de um braço!
- Nahhhh! Você pague-me é a queca que me deve e deixe-se dessas conversas malucas.
- E o povo irá vir do Norte e do Sul, a pé, dias seguidos, para rezar no santuário.
- Oiça, estamos em 1917! Ao preço a que as carroças estão ninguém anda a pé!
- E venderemos velas. E com a cera derretida faremos velas outra vez para vender. Havemos de vender a mesma cera 10 vezes!
- Nem com a cera dos ouvidos do Papa.
- E tudo isto estará cheio de lojas de bugigangas, que pagarão renda ao santuário. E será o Santuário de Fátima, em tua honra.
- Olhe, chame-lhe o Santuário da Suzete Maria, que eu não gosto dessas coisas da religião. E estou farta de andar para aqui vestida de branco em cima de árvores a enganar putos. A Suzete Maria é que alinhava nisso. Vá bardamerda e pague-me o que me deve.

E o resto é história. A Suzete Maria mudou-se para Lisboa e o Padre pagou à Fátima e fez o santuário. A Fátima casou com o pastor, que deixou as ovelhas em paz. Pelo menos ao fim de semana.

PS: Este não é o quarto segredo da Fátima.

PS2: Continuamos à conquista desse nicho de mercado que são os padres tarados que vêm ao blog à procura de emoções fortes. Estamos certos de que o Padre Frederico já cá veio, mas perdemos-lhe o rasto...

PS3: Em breve, neste blog, Ascensão e queda de Cristo - a história de um político da antiguidade.

quarta-feira, 17 de setembro de 2003

EXCLUSIVO

Reportagem exclusiva no Quarto Segredo. Seguindo a manchete da edição de hoje do correio da manhã que relata o rapto do Rei dos 300, eis que as fontes de informação da Fátima conseguem mais alguns detalhes.

De acordo com as informações obtidas, o Rei dos 300 foi raptado devido a desacordos financeiros. Entre os presumíveis suspeitos, encontram-se o Rei dos 330 e o Imperador dos 300 + Brinde Surpresa. Até agora nada se sabe em concreto, mas julga-se que tudo se resume a um ajuste de contas.

Efectivamente, desde há uns tempos para cá que começaram a ser notórias as dificuldades financeiras do Rei dos 300, falhando por exemplo a conversão para o Euro (onde passaria a ser conhecido como o Rei do 1,5) e perdendo o monopólio de venda do kit de chaves inglesas + Relógio Decorativo.

As famílias reais mais próximas do Rei dos 300 já se fizeram ouvir:

Rei dos Frangos - "Pois, nós bem que o avisámos. A promoção dos jogos de capas de edredon era uma loucura. Bem sabemos que o preço era bom, mas vendê-los em Agosto não foi propriamente uma boa ideia. Mas fez bem em seguir o nosso conselho de vender pernas de mesas e asas de chávenas. Toda a gente sabe que pernas e asas é o que tem mais saída".
Rei das Farturas - "Um desgosto, é o que é. Tão bom rapaz. Até seguiu o conselho de aplicar a nossa promoção mais famosa, compre 10 e receba 1 grátis. Claro que a aplicou aos conjuntos de tampos de sanita, mas ainda assim não era razão para o descalabro que foi".
D. Duarte de Bragança - "Uma tristeza, uma tristeza. Eu até já tinha comentado com a Isabelinha que quando for Rei, a primeira coisa que faço é doar terras ao reino deste nobre senhor, dando-lhe o Centro Comercial Colombo para que faça dele o seu castelo".

A Fátima continuará atenta a este insólito caso, que representa a maior desgraça no seio monárquico desde que a princesa Stephanie do Mónaco resolveu ir viver para a caravana de um domador de elefantes do circo.

terça-feira, 16 de setembro de 2003

Fátima Merchandise

Caríssimos visitantes, eis que o blog teoricamente (em teorias ainda não confirmadas e de fontes não identificadas) mais famoso da blogoesfera se prepara para lançar a sua linha de merchandise, respondendo assim aos inúmeros pedidos que têm surgido. Dos produtos mais solicitados e daqueles que o pudor permite publicitar, gostaria de realçar os seguintes:

- T-shirt original Quarto Segredo (em laranja ou branco) com a seguinte inscrição “My boyfriend posted a comment on www.quartosegredo.blogspot.com and all he got was this lousy shirt”. Faça inveja a todos os seus amigos e familiares e mostre que é uma pessoa de cultura, nível e estilo ao colocar comentários na Fátima.
- Barbie 1000 Broches – Quarto segredo. O já referido modelo da Barbie mas com o trajo tradicional de 1917 da Cova da Iria. Pilhas não incluídas.
- Figuras dos três pastorinhos a quem foi revelado o Quarto Segredo (Blitzkrieg, Spade e Axe), com led azul intermitente no queixo e fita para prender ao pescoço. Vá para o santuário com este adorno e torne-se o sucesso da oração. (NOTA – Não aceite falsificações. As versões vendidas pelas ruas por indivíduos oriundos de países asiáticos não são produtos oficiais Quarto Segredo)
- Preservativos Quarto Segredo, com sistema sonoro que recitam fielmente posts existentes, consoante os movimentos executados. Vários modelos à escolha, com voz celestial, de anjo barroco ou de pároco ancião. Com preservativos Quarto Segredo, durante o sexo não há que ter medo (as seen on TV);
- Banda sonora do Quarto Segredo. O Quarto Segredo OST é um CD de 14 faixas do mais maravilhoso puro silêncio. Um must to have para todos os frequentadores do www.quartosegredo.blogspot.com, este CD inclui os maiores sucessos não ouvidos no site, representando horas de puro relax.

Quem quiser realizar uma encomenda, pode enviar um mail para joana_come_o_papa@iol.pt. Tem 15 dias para experimentar e caso não fique satisfeito pode sempre realizar outra encomenda de qualquer outro artigo de merchandise do nosso catálogo. As promoções são limitadas ao stock existente.

O pastor de Fátima (parte II)

Aviso: esta história cristã tem alguns toques de profano...

E o pastor, fascinado com a história dos 3 pequenos pastorinhos, regressou ao olival vezes e vezes sem conta até que um dia... lá estava ela. De branco, a apanhar azeitonas. Aproximou-se devagar, e disse apenas olá. Ela olhou-o nos olhos e disse - chamo-me Fátima.

- Pois, ouvi dizer que sim. E porque te vestes de branco para apanhar azeitonas?
- Abusei na lixívia.
- Os putos dizem que às vezes estás em cima das oliveiras...
- Sim, também há azeitonas cá em cima.
- E olha lá, partes?
- Por dinheiro...
- Então bute...

E o pastor enroscou-se na apanhadora da azeitona, levantando-lhe as vestes brancas, e vergastou-lhe as vergonhas com seu malho duro.

Cansados, deitaram-se debaixo da oliveira.
- Olha lá, os putos dizem que tu te armas em santa com eles.
- São miúdos, querias que fizesse o quê?
- Pois, mas parece que lhes contas umas histórias todas cheias de moral...
- Sim, já contei umas 3 histórias. Mas disse-lhes para guardarem segredo. Cabrões dos putos que não sabem ficar calados...
- Pois, eles disseram que eram 3 segredos.
- 3 histórias. Eram 3 histórias. E era para guardarem segredo.
- Pá oh Fátima, repetimos?
- Senhora Fátima, para ti. Respeitinho, que é bom...
- Os putos chamam-te a Nossa Senhora de Fátima...
- Pois, é para me distinguirem da Maria, que também anda aí à azeitona.
- A Virgem Maria?
- Não, a Susete Maria. Andas metido com essa cabra?!

Cenas do último post da história:

- Senhor padre, que grande que é!
- É para... para...

E pronto, já está. Foi a 2ª parte da historieta destinada a apanhar padrecos tarados na rede. De resto, sem ofensa à cristandade....

segunda-feira, 15 de setembro de 2003

A evolução das bonecas

Rapaziada, deixem-me delirar por uns momentos. Prometo que não será durante muito tempo, mas tenho de gastar uns minutos a falar de...

...bonecas!

Sim, eu sei que este é um blog de machos, gajos de barba rija e com tudo no sítio, mas deixem-se estar a ler até ao final que perceberão que talvez não seja um tema assim tão idiota...

Pois é, meus caros. As bonecas já não são o que eram. Lembro-me que, nos saudosos tempos em que eu tinha 3 anos e a minha irmã 6 e o meu maior divertimento era estragar tudo o que era brinquedo dela, as bonecas que havia lá por casa eram do mais simples possível. Uma tal "Tucha", com o nome estampado numa t-shirt que em tempos tinha sido branca, de braços emperrados e pernas imóveis e com o rosto congelado na mesma expressão para toda a eternidade... Uma outra, cujo nome me escapa, bastante mais evoluída - trazia uns pequenos discos de plástico que se colocavam numa abertura que tinha nas costas para supostamente poder dizer umas frases. Digo "supostamente" porque não me lembro de alguma vez a ter ouvido falar... Não tenho a certeza se terei sido eu a dar-lhe cabo da garganta ou se já terá nascido assim afónica, mas também nunca o quis perguntar à minha irmã com medo das eventuais represálias...

Lá em casa nunca houve Barbies. Quando começaram a aparecer em força já a minha irmã não lhes ligava e eu, felizmente, nunca fui gajo de pedir Barbies nos anos. Aliás, nenhum gajo que seja verdadeiramente gajo o pede. Pedir Barbies nos anos já ultrapassa os gestos de pura rotice - é bem pior que isso, é mariquice declarada à varanda perante todos os habitantes da cidade e arredores. Garanto que nunca o fiz.

Mas hoje comecei a mudar de ideias. É que convenhamos, nunca estive tão perto de comprar uma Barbie. Isto porque os fabricantes de brinquedos infantis cada vez levam a sua profissão mais a sério e, apostados em cobrir todos os nichos de mercado, chegam a limites que se tornam cada vez mais interessantes, suficientemente interessantes para fazerem um gajo de pêlos no peito interessar-se por uma Barbie.

É que descobri hoje que, no site brasileiro da boneca mais famosa do mundo (e juro que isto é verídico, não é brincadeira nem nenhum site falso...) se encontra à venda...

... a Barbie Mil Broches!!!...

É verdade. E diz assim a descrição da boneca no dito cujo site: Uau! Faça broches super modernos que você pode realmente usar! A Barbie vem com uma máquina de fazer broches que permite a você criar seus próprios broches. E ainda tem adesivos para você decorar as roupinhas da Barbie!

Pois é meus amigos. Broches super modernos... uma máquina de fazer broches...

E ainda dizem que os meninos não brincam com bonecas?! Quanto a vocês não sei, mas eu já encomendei três...


(só para terminar, e para não desiludir o nosso visitante que comentou uma das entradas anteriores dizendo que não comenta entradas de "mau gosto", deixo aqui uma punchline de cariz brejeiro, gosto duvidoso e humor desinspirado: desde miúdo que eu me perguntava porque raio tinha a Barbie um pescoço daquele tamanho... finalmente percebi - mil broches, só mesmo com uma grande goela...)

O qrauto srgedeo

Chegou-me às mãos, de autor não especificado, o seguinte texto:

Aoccdrnig to a rscheearch at an Elingsh uinervtisy, it deosn't mttaer in waht oredr the ltteers in a wrod are, the olny iprmoetnt tihng is
taht frist and lsat ltteer is at the rghit pclae. The rset can be a toatl mses and you can sitll raed it wouthit porbelm. Tihs is bcuseae we do not raed ervey lteter by it slef but the wrod as a wlohe.


Praa tsetar a vecardiade dtsee txeto, ppornoho apilacr a torca de lertas em toods os potss da Fámita a ptrair de aroga. Vreeoms o rseutlado...
Deopis de treoms artdíao praa cá tdoos os traaods da Itneneet e os pardes pevreosrs, pdoe ser que cosnimagos tbmaém artiar tdoa a conumiadde dilsécixa...

sexta-feira, 12 de setembro de 2003

O pastor de Fátima (parte I)

E ia pelos campos da Cova da Iria um pastor e seu rebanho.

E eis que o calor apertava, não do sol mas da tesão em calças apertadas, e estando o pastor longe de um bendito bordel, não teve outro remédio senão comungar com o seu rebanho, tendo escolhido para o efeito uma bela ovelha.

E estava o acto em consumação, com a ovelha em balidos de aflição, que não de dor mas pelos maus jeitos do pastor, pouco habituado a actos íntimos com fêmeas de qualquer espécie.

E nestes propósitos, nos idos de 1917, eis que surgem 3 pastorinhos, de seu nome Francisco, Jacinta e Lúcia, com uma história mirabolante, de uma tipa vestida de branco numa árvore.

O pastor, que já tinha largado a ovelha com a aproximação dos pastorinhos, pensou, "que se lixe a ovelha, vamos lá ver onde está essa gaja de branco".

Chegados à oliveira, local da aparição, o pastor pergunta aos pastorinhos:
- Mas então, onde é que ela está?
- Foi uma visão, senhor! - respondem em coro.
- Visão?! Deixei eu uma ovelha quase virgem por uma visão!?
- Era a Virgem Maria, senhor!
- Ah, se essa Maria ainda é carninha virgem...

E o pastor esperou e desesperou, tendo voltado ao seu rebanho, já de pés doridos e mão calejada.

(continuação num próximo post...)

E pronto, cá está. Uma historieta profundamente religiosa, com alguns contornos profanos, destinada a provar que conseguimos atrair a esta página todo um vasto universo de leitores: os religiosos tarados!

É um nicho de mercado, como qualquer outro, e que deverão ser apanhados nas malhas do nosso site meter (acedam no fundo desta página escolham a opção "how").

Padrecos tarados, cá vos esperamos. No Quarto Segredo, a qualquer hora!


A saga do quarto segredo da Fátima

Pois é, tempos loucos estes em que vivemos, em que a maioria dos que procuram o quarto segredo chegam a esta página através de pesquisas no google e similares de frases como:

- fotos penetrações anais
- fotos anais da Marisa
- famosas portuguesas nuas
- fotos de raparigas de 15 anos nuas (oh minhas bestas, com 15 aninhos!??!)
- fotos de famosas portuguesas da TV

Sobre isto, só tenho uma coisa a dizer: o gajo que tenha encontrado boas fotos da deusa Marisa Cruz que ponha aqui um comment com o link. Os outros que se enforquem.

quarta-feira, 10 de setembro de 2003

em busca do quarto segredo

Este post é directamente dedicado a três dos nossos últimos visitantes que se dirigiram até aqui em busca do verdadeiro Quarto Segredo da Fátima.
Nomeadamente ao visitante que deu com o nosso site enquanto pesquisava no Google por "Famosas portuguesas nuas", ao outro visitante (ou seria o mesmo?...) que deu com a Fátima enquanto pesquisava, também no Google, por "portuguesas famosas nuas", e ao visitante brasileiro que encontrou esta página enquanto pesquisava no My Search por "meteçao com animais amadoras"

Caros visitantes, não desesperem! A busca pelo Quarto Segredo não é fácil e é necessário contar com contratempos ocasionais! Se neste singelo site não encontraram o que procuram, tentem na nossa Vizinha do Lado (que está mesmo aqui ao lado). Pela minha experiência pessoal com vizinhas do lado, devo dizer que não estou seguro que ela tenha animais em casa, mas que me parece que seria bastante famosa se aparecesse nua, disso não tenho dúvidas......

Segredos universais

Existem coisas neste universo que até hoje ninguém consegue explicar. Diversas fontes informativas ligadas à Fátima vieram divulgar que Stephen Hawking e a sua equipa já as investigam, não prometendo no entanto nenhuma data para a divulgação das descobertas. Eis aqui algumas das questões mais badaladas da actualidade:

- Porque é que sempre que vamos à casa de banho para actividades “de cariz durador“ temos sempre que levar literatura connosco, ou em caso de omissão desta, desenrascarmo-nos com a literatura que temos à mão (quem num momento de aflição nunca leu todas as letras pequeninas do tubo da pasta de dentes, que dê o primeiro passo)?

- Porque é que temos a necessidade de cruzar as pernas quando estamos sentados (nem os gorilas têm este tipo de comportamento)? E já agora, porque é que os homens cruzam as pernas deixando a superior o mais aberta possível, enquanto que as mulheres cruzam as pernas de maneira a ficarem todas fechadinhas (a desculpa da saia não é válida. Que não seja por isso)?

- Porque é que temos a mania de escrever coisas nas paredes das casas de banho públicas? Filosofias que lá são inscritas não são merecedoras de tal ambiente. A pureza da frase “Se és tão forte como o Sansão, mete no cu o que tens na mão“ devia estar retratada nas paredes do Capitólio ou do Arco do Triunfo, e não nas paredes da casa de banho da antiga rodoviária na Casal Ribeiro, mesmo por cima do urinol.

- Porque é que chamamos aos pedaços de ranhoca seca que habitam as nossas fossas nasais de “macacos“? Se olharmos com atenção, qualquer semelhança entre o dito bocado de nhanha seca e um símio (talvez exceptuando um saguim) é pura coincidência. Será que é pelo puro prazer de, após tirarmos um valente espécime e enquanto o estamos a admirar, gostarmos de pensar que retirámos de cativeiro o King Kong ?

- Onde raios estão os milhões de meias perdidas que desaparecem das nossas vidas? Quantas meias desemparceiradas aguardam diariamente com angústia o regresso da sua meia-metade? Estas meias desaparecem devido a fenómenos naturais (tipo a criação de vórtexes espaço-temporais que sugam as nossas meias,escolhendo sempre apenas uma delas e nunca levando o par, aquando do programa de centrifugação das nossas máquinas de lavar) ou será que passam para a quinta dimensão das meias (deverá o triângulo das bermudas ser renomeado para triângulo das bermudas e das meias )?

- Quem diabos era o tal Murphy, o fulano que inventou “as leis de Murphy“? É que depois de ler a maioria delas, partindo no pressuposto que ele sentiu tudo aquilo no pelo, julgo que essa figura deve estar internada no manicómio mais próximo.

terça-feira, 9 de setembro de 2003

Lembro-me e não me lembro

Depois de almoçar ontem e hoje numa tasquinha, lembrei-me dos tempos de estudante em que fiz um rali das tascas.

Lembro-me de ter percorrido as 8 tascas.
Não me lembro de ter chegado à 8ª, mas lembro-me de sair da 7ª a dizer que ainda estava sóbrio.
Não me lembro de, depois de tudo acabado, me ter rebolado aos beijos com uma gaja qualquer na relva, junto de uma estátua.
Não me lembro, embora me tenham contado, que um dos elementos da equipa (abraços, Nuno!) acusou a dita estátua de se ter mexido e de lhe bater na cabeça.
Não me lembro de eu e o Nuno termos seguido na mesma ambulância para o hospital, altura em que me separaram da gaja.

Lembro-me de acordar no hospital.
Lembro-me de todas as enfermeiras nos corredores me tratarem pelo meu nome próprio (?!?!!) e de perguntarem como eu estava
Lembro-me de o médico me dizer "Ora aqui está ele!".
Lembro-me de me dizerem que eu tinha dito o nome a toda a gente no hospital, principalmente às enfermeiras.
Lembro-me que no dia seguinte ainda me doia a cabeça.

Lembrem-me de não voltar a fazer um rali das tascas.

sábado, 6 de setembro de 2003

As gordas

Tal como este título, os títulos dos jornais enganam muito. Este post não é sobre meninas avantajadas (ohhhhh!!) mas sobre as "letras gordas" dos jornais. Retirado da edição de ontem do meu diário favorito - o Diário de Notícias:

Porte de arma obriga a voltar à escola

Então?! A Polícia vai conduzir os caçadores até às escolas mais próximas? E a ladroagem? - Zé Peta, vais para a escola que isto de assaltos à mão armada só com o 9º ano?

Desporto: Leões não perdoam nove pontos a Beto

O Beto já tem mais pontos no campeonato que o Sporting? Mas ganham-se nove pontos num jogo? E se o Beto é do Sporting, por que é que os leões não lhe perdoam? Estou a ver o Dias da Cunha - Caro amigo Beto, isso de exceder os 3 pontos por jogo é anti-desportivo. Veja lá...

Nacional: Alguma vez foi à festa do Avante?

Mas já é notícia se alguém vai à festa do Avante? Aquilo está assim tão mal? Conselho a comunas: Agarrem nas placas que dizem Algarve à saída da ponte Vasco da Gama e apontem tudo para o recinto da festa, na quinta da Atalaia. Vão ver a enchente. Podem estranhar o número de gajas boas em bikini, mas enfim... Avante! A elas!

Internacional: Londres espera ataque suicida

Estou a vê-los. De fato e chapéu de coco. O Tony Blair a olhar para o relógio. - Bloody terrorists, they're never on time... they said 45 minutes...

Internacional: Brasil - Lula obtém importante vitória parlamentar

Mas então?! Aquilo não era uma república das bananas?! Lulas no parlamento? Imagino o parlamento, cheio de aquários... as lulas a votarem de tentáculos no ar...

Quem disse que o DN não era nonsense? Bons títulos, rapazes.

quinta-feira, 4 de setembro de 2003

Ainda os grandes nomes

Não queria deixar passar a oportunidade de mandar um abraço a 3 amigos meus, que por azares de baptismo têm sofrido a vida toda.

Em comum no baptismo têm o facto de terem nascido em França, filhos de emigrantes, onde receberam nomes de baptismo franceses, que mais tarde foram aportuguesados no registo civil em Portugal.

Assim, Estefânio, um abraço sentido por teres nascido Stephane (ou Stephan?!) e teres aguentado pela vida fora com um nome que põe meio mundo a rir.

Olivério, tu que nasceste Olivier, e que hoje és conhecido como Olli, e que aguentas com um sorriso nos lábios a pergunta "Onde está o Wallie?" tanta vez ouvida.

Patrique, nascido Patrick, mereces um prémio pela paciência com que soletras o teu nome cada vez que alguém o ouve pela primeira vez, e aguentas os comentários habituais de "Ena, isso é que foi azar..."

Por último, não posso deixar de referir uma história que me foi contada por um conhecido meu italiano, de seu nome Mastronardi, em que um amigo dele, de apelido Vacca, casou com uma rapariga de nome Vera. Assim, de cada vez que apresentava a mulher a alguém, dizia - Questa é mia moglia, Vera Vacca. A tradução, simples, - Esta é a minha mulher, Verdadeira Vaca.

Cada vez que tem de dar o nome, numa repartição pública, numa reserva de um restaurante, numa reunião de negócios, etc. a amiga Vera deve causar sensação!
- Vera Vacca, um prazer!
- Vera Vacca, às ordens!
- Vera Vacca, à sua disposição!
- Sou Vacca, Vera Vacca.

quarta-feira, 3 de setembro de 2003

Sugestões de sites - I

Para hoje, a Fátima sugere a visita a três sites que garantirão uma vida saudável a todos os nossos visitantes.

- O primeiro site é o do Ayuntamiento de Pilas, que como o próprio nome indica é o site de uma associação sem fins lucrativos que promove encontros de homens (ou na gíria corrente, "ajuntamentos de pilas") para discussão de temas que lhes dizem respeito, nomeadamente o futebol, mulheres, carros potentes, motas potentes, mulheres e mulheres. Os encontros são animados, realizam-se em diversas cidades europeias e os membros têm um sinal combinado para se reconhecerem uns aos outros: chegam, cospem no chão e afagam os testículos com a mão direita.

- O segundo site, o Picha Design, é um site que aposta em ajudar o homem moderno a melhorar o seu aspecto visual e a realçar as suas qualidades másculas no dia-a-dia, através da decoração de partes localizadas do seu corpo (mais concretamente de uma parte localizada do seu corpo). Indicando como resultados práticos um melhor relacionamento com o sexo oposto (ou, em certos casos, com o mesmo sexo), o site garante uma vida mais saudável e esteticamente muito mais agradável.

- Finalmente, o terceiro site: o Picha Funeral Home é um site que mostra que há vida para além da velhice! Quando o homem chega a uma certa idade e os efeitos do envelhecimento se fazem sentir, não há que temer! Este site sugere o enterro do inoperativo (e inestético) membro masculino e o seguimento de uma vida muito mais feliz como transformista sénior. É sempre uma boa opção de vida quando se chega aos 75 anos, como o comprovam os testemunhos presentes no site de Wanda Wrinkles, Oldie Debbie e Gigi Alzheimer, famosos clientes desta Funeral Home.

A arte de escolher um nome

Por notícia da gravidez de uma moça conhecida, iniciou-se o famoso debate sobre os nomes a dar a uma criança. Choveram logo os nomes banais como Gustavos, Bernardos, Gonçalos, Franciscos, em que após a sua sugestão, nada mais podia justificar a escolha do que um simples ”…porque gosto muito. ”.

Tangas, o nome é extremamente importante para a personalidade, e um nome pujante é obrigatório para termos o rebento nas lides do mundo. Tive na faculdade uma colega chamada Zaida Flora Pantaleão Cagado (uma colega PALOP que duvido que tivesse uma vida fácil) e que era alvo de risota na chamada para o auditório, chamada esta que era feita pelos apelidos : ”Jacinto, Leite, Capelo, Rêgo, Cagado”. Nada bonito. Imaginem então que a nossa Zaida trabalha no continente do Colombo e se ouve, seguida da campainha, a voz que diz ”Cagado à caixa 8, Cagado à caixa 8”. Estão portanto a imaginar a cara do pobre cliente que se encontra por acaso na caixa 8. Uma vergonha. Imaginem ainda, que a nossa Zaida arranja emprego numa importante consultora, e que numa reunião entra apresentando-se ”Dra. Cagado, ao seu dispôr”. Enfim, sem comentários, não é fácil pertencer-se à família dos cagados.

Ainda hoje estava a ler uma notícia no site do Portugal Diário (em http://www.portugaldiario.iol.pt/noticias/noticia.php?id=133233) na qual referiam que os direitos fundamentais do homem continuavam a ser violados em Portugal. Esta conclusão advém do relatório publicado pelo eurodeputado francês Fodé Sylla. Quer-se dizer, este senhor tem é muita sorte em não ser apanhado pelo pai da tal Sylla. Mas que raio de nome este. Um gajo vai na praia a gritar ”Fodé, FODÉ” e toda a gente a ver o que se passa. Vamos buscar o gaiato à escola, vêmo-lo ao fundo e chamamo-lo “Fodé, já aqui”. No minuto seguinte temos a PJ atrás de nós alegando que estamos a tentar ficar com o lugar do Bibi.

Para evitar estas situações, aqui ficam alguns factores que devem ter em conta ao seleccionar o nome para o rebento:

1 – Nomes como Afonso, Alberto, Tiago ou Ricardo são maus, pois nos exames da Universidade nunca ficam nos Auditórios, sendo recambiados para salas minúsculas. Pois é, se querem zelar pelo sucesso escolar do cachopo e ao mesmo tempo estimular a criatividade nessa arte anciã que é cabular, dêem-lhe um nome entre G e N, tipo Gastão ou Nestor. Nunca falha;

2 – Todos os miúdos gostam de nomes pomposos, o que influencia o seu perfil psicológico. Por exemplo, eu quando era miúdo queria chamar-me Rambo, mas a minha mãe não deixou o que de certa forma pode ter retraído a minha veia militar. Nomes como Rambo, Comando, Solid Snake ou Son-go-ku são muito apreciados pelos miúdos (se bem que o último possa dar azo a comentários jocosos relacionados com hemorróidas) e nomes como Sailor Moon, Shena ou Cinderela são muito apreciados entre o público feminino.

3 – Nomes longos é o pesadelo de qualquer rapaz pois demoram horas a preencher as fichas da caderneta na escola ou os cabeçalhos do teste. Na, nomes curtos e sonantes é que está a dar.

4 – Cuidado com as piadolas que os nomes podem gerar. Ana “Banana”, Jericó “Bóbó”, José “Com ele em pé” são coisas a evitar. Há nomes lixados para gozar, tipo Bruno ou Ricardo ou António…. É uma questão de pensar um pouco.

5 – Nomes comuns é uma chatice. Quando a mãe de um miúdo que tem nome comum o chama num local público é o diabo porque há sempre inúmeras cabeças a olhar. Escolher um nome original é uma arte que não se deve perder. Eis alguns exemplos:

Rapaz:
- Venceslau;
- Pantaleão;
- Aristides.

Rapariga:
- Zaida;
- Genoveva;
- Micaela.

E pronto, foi a Fátima a prestar mais um serviço de utilidade pública com a qualidade que já habitou os seus fiéis seguidores.

Dicas laborais II

Acrescento algumas dicas sobre a arte de nada fazer num ambiente de escritório.

1. Avança o computador 40 cms para a frente. Abre um programa com um ficheiro de trabalho. Imprime. Põe as folhas impressas à tua frente em 2 montes. Põe diversas notas no monte à tua frente. Agora descansa. Assenta o cotovelo esquerdo na mesa e apoia a testa na mão esquerda. Segura uma esferográfica sobre o monte de folhas com as notas. Baloiça suavemente para ajudar a adormecer e contribuir para a ideia que estás a escrever alguma coisa. Não ressonar.

2. Usa as dicas do post anterior sobre casacos e protecções de écran. Dirige-te a uma casa de banho recatada e de bom cheiro. Senta-te na sanita. Apoia os cotovelos nos joelhos e a cara nas mãos. Antes, lembra-te de pôr o telemóvel em modo silencioso e com despertador para daí a 1 hora. Se precisares, podes mesmo satisfazer alguma necessidade fisiológica. Mas é melhor não desperdiçar outra oportunidade de voltar à casa de banho. Pode-se ressonar.

3. Dirige-te à secretária do teu andar e diz que vais ao andar de cima. Vai ao andar de cima e cumprimenta diversas pessoas. Desce 2 andares ou aproveita para ir ao café. Não beber mais de 2 shots e evitar cerveja, pelo hálito que deixa. Levarão mais de 2 horas a perceber que não estás no andar de cima, visto que a secretária confirma que estás lá, bem como algumas pessoas do próprio andar.

Agradeço mais sugestões e comentários.

segunda-feira, 1 de setembro de 2003

Dicas laborais

Sendo este claramente um blog de utilidade pública, resolvi aproveitar o espaço para escrever umas linhas com algumas dicas para melhorar a relação de cada um de nós com o espaço laboral que o rodeia.
Assim sendo-se seguem-se cinco dicas para passar um dia no escritório sem fazer puto - sem que ninguém se aperceba.


- Durante o fim-de-semana, treine intensivamente o uso das teclas ALT+TAB. É o método mais arcaico de disfarçar que não se está a trabalhar e um dos mais conhecidos, por isso para ser minimamente eficaz é necessário ser efectuado com uma rapidez impressionante.

- Arranje uma folha Excel cheia de dados e gráficos ou uma apresentação Powerpoint de aspecto impressionante, faça Print Screen e use a imagem como background do computador. De seguida feche todas as janelas que tiver abertas e sente-se na cadeira com a mão no queixo, olhando para o computador com ar absorto.

- Como adenda à dica anterior, se pintar uns olhos nas suas pálpebras conseguirá passar o dia a dormir em frente ao computador dando a ideia que está concentradíssimo a olhar para documentos de projecto (atenção - não funciona se tiver tendência para deixar descair a cabeça enquanto dorme, o que dará o aspecto de estar a olhar fixamente para o próprio pirilau, ou se ressonar bastante, o que fará com que todos pensem que está a trabalhar com um fortíssimo ataque de sinusite...)

- Sempre que vir que alguém se dirige à sua zona de trabalho pegue num monte de documentos de projecto previamente impressos, levante-se com ar decidido e caminhe a passos largos para a outra ponta do escritório. Espere cinco ou dez minutos e regresse novamente com ar decidido. Tem a vantagem de afastar pessoas indesejáveis com pedidos de ajuda ou de colaboração noutras tarefas e dá o ar de que está verdadeiramente atarefado.

- A meio da tarde deixe o casaco pendurado nas costas da cadeira e o PC ligado com um documento qualquer aberto e vá para casa. Quem passar pelo seu lugar julgará que você ainda está no escritório mas que foi a alguma reunião, dado que tem o PC ligado e o casaco na cadeira. Tem a desvantagem de regressar a casa em mangas de camisa, mas pelo menos sai cedo e no dia seguinte já tem o PC ligado à sua espera e tudo. Mais ainda - ganhará reputação de ser um grande trabalhador, sempre o último a sair do escritório e o primeiro a chegar (atenção: pode dar maus resultados se colegas seus fizerem directa no trabalho, será fácil aperceberem-se do seu estratagema...)


E pronto, se alguém tiver algumas dicas a adicionar, quaisquer contribuições serão benvindas...

A linguagem simples da Consultoria

Numa tentativa de desmistificar a ideia de que a consultoria utiliza por vezes um jargão próprio difícil de compreender por quem trabalha fora do sector, o Quarto da Fátima apresenta neste post a tradução de algumas frases de mails reais escritos por uma figura de topo da consultoria internacional.
Como se pode ver, com a interpretação correcta a linguagem da consultoria é de fácil compreensão e, diria mesmo, bastante terra-a-terra.


I am very excited about joining forces with all of you to take it on
trad.: "Estou muito excitado e quero ter forças para estar com todos vocês e levar com ele"

I tried to put myself in your shoes and get a sense of what you might be thinking and feeling right now
trad.: "Tentei roubar-vos os sapatos e ter uma sensação disso que vocês estão a pensar e que eu estou a sentir agora mesmo"

Many of you are uncertain.
trad.: "Muitos de vocês não regulam bem"

Uncertain about where this is all headed.
trad.: "É incerto que tudo isto ande às cabeçadas"

I know that all of you expect a great deal of me
trad.: "Sei que vocês todos esperam que eu venda muita coca"

I’ll stay in touch with you as the shape of things starts to emerge.
trad.: "Continuarei a tocar-vos até que a forma das vossas coisas se comece a erguer"

He has decided to explore a senior client leadership role
trad.: "Ele decidiu explorar um cliente velhinho num papel de dominador"