Estava a experimentar uns ténis numa loja. Pareciam grandes, e pedi o número abaixo.
- Quer um téni mais pequeno?, pergunta a criatura.
- Ténis. Queria um ténis mais pequeno.
Enfatizo a frase, para ela perceber a sugestão.
- Diz-se téni, responde ela.
- Eu digo ténis, respondo-lhe. Ténis, calçado desportivo, originalmente usado em partidas de ténis.
- É um téni, insiste ela.
- Veja – digo eu, já irritadiço – você não diz que vai jogar uma partida de téni. Diz sempre ténis, seja uma partida, duas, ou dez. E como foi o jogo que deu o nome ao calçado desportivo...
- Toda a gente diz teni, insiste ela.
- Sabe o que me apetecia?, digo-lhe enquanto ela me olha com um ar enjoado, rotulando-me mentalmente de parvo irritante (e não digo que ande longe da verdade...). Bem me podia trazer um pire de tremoço enquanto espero pelo téni.
Sorrio, triunfante.
Ela olha-me por 2 a 3 segundos, longos, muito longos. Vira-me costas. Desaparece por 2 minutos e regressa.
- Tem aqui um téni um número abaixo.
- E o pire de tremoço?, arrisco.
- Não havia., diz-me ela num tom de uma sinceridade desconcertante, o tom de que terá perguntado a mais que uma colega se ali na loja davam pire de tremoço a clientes enquanto esperam o téni.
segunda-feira, 11 de junho de 2007
O téni que estava largo
escrito por Blitzkrieg @ 22:29
3 comentários:
Ó caro amigo, devias era ter-lhe pedido uma no (que usando a mesma técnica, será o singular de noz, mas à qual temos que acrescentar o acento -"nó"- para ela não pensar que estavas a ser brejeiro...), assim pelo menos a gaja talvez ficasse baralhada e quiçá pusesse a hipótese de estares correcto... quem sabe???
Mas gabo-te a paciência, sem dúvida!!
Porque não a mandaste chupar um péni?
sempre podia ter pedido para tomar nota da encomenda com um lápi...
Enviar um comentário