Vamos lá a ver como é que isto terá nascido. Um tipo resolve abrir uma funerária. Matuta no nome. “Cova funda”, uhmm, não, é de mau gosto. “Agência Alegrete”, uhmm, animado, mas pouco sério. “Funerária O caixão”, pouco criativo. “Funerária 7 palmos”, sim, sim, tem potencial. “Funerária Vá com Deus”, não, não, faz lembrar a Filipa Vacondeus… então, “Funerária O Adeus”, triste, mas enquadrado. E se fosse “Funerária “Olá a Deus” – trocadilho mórbido com “adeus”. Funerária A Morte. Não, muito pesado. Ahh, já sei: “Funerária Nossa Senhora do Aviso”. Oh sim, isto é que é. Talvez um bocado comprido – fica “Funerária Nª Srª do Aviso”. Ahhh, isto sim – quem avisa amigo é… e quem vem avisar da morte? É a própria “Morte”, vestida de capa negra e capuz, e com uma grande foice. A “Morte” é a Nª Srª do Aviso. Que ganda nome, pá! P’a funerária não há melhor.
Aliás, a Morte deve estar a soldo desta funerária, com reuniões comerciais ao dia 25 de cada mês em que o dono deve dizer coisas como “Então a amiga só ceifou 3 este mês e foram todos para a agência do Manel Caixote? É para isto que eu pago o amolar da foice e capas pretas novas todos os anos? As capas pretas com capuz são caras. Olhe que o custo de vida está pela hora da morte…”
E tudo com “honestidade e competência”, como reza o motto da agência. Aos interessados, fica em Bragança.
2 comentários:
Melhor que isto só haver um agente funerário chamado Pedro Almas. :D
Não, melhor só haver um agente funerário (que o há!!!!) que tem na sua publicidade a frase "todos temos que lá ir" e "em X anos de funcionamento, nenhuma reclamação de clientes".
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