sexta-feira, 23 de junho de 2006

O modelo de negócio português para casamentos

Conhecendo nós a evolução que os negócios vivem actualmente e sabendo que uma boa ideia hoje pode ser ultrapassada amanhã, é natural que tradições empíricas devam ser questionadas num contexto de evolução do seu modelo de negócio... ainda mais quando o conselho pastoral comparece em peso num casamento, uma das tradições comuns mais antigas.

Eu pessoalmente sou adepto do Las Vegas business model, em que temos casamentos em 1 hora com um estupendo Elvis a conduzir e a animar a cerimónia. Porque não importar essa ideia para Portugal? Tendo em conta que não podemos usar artistas actuais, quem não gostaria de ver a sua cerimónia celebrada por um Dino Meira? Imagino mesmo, no complexo processo de preparação do casamento, ser adicionada uma nova actividade para além da escolha da quinta, do cardápio, dos convites, etc etc... a escolha do artista:

- "Que me dizes minha pombinha, queres ser casada pelo Dino Meira acompanhada pelo seu hit "Zum Zum Zum", ou pelo Raul Indipwo?"
- "Ai meu estorninhozinho, prefiro ser casada pela Amália... estar contigo é mesmo um fado"

Tem ainda uma vantagem... chega de coros de igreja que nos impingem músicas que a partir da terceira já nos parece tudo igual. Ponham concertos de heavy-metal, façam moshes do púlpito para a audiência, ponham o público a dançar.

Adicionalmente, acho que também temos espaço para inovar nos nomes dos pratos nos cardápios. Fui a um casamento onde existia "Lombinhos com triologia de purés" o que me pareceu bastante criativo... certamente referiam-se a A Guerra dos Purés, o Puré Contra-Ataca, o Regresso do Puré. Quando me casar, vou querer inovar:

Entradas
Pão
Manteigas
Azeitonas
Pasta de sardinha

Peixe
Filetes com arrozinho alegre

Carne
Frango à Foguetão

Sobremesas
Doce da avó
Doce da paróquia

Inovem meus amigos... precisamos de desenvolver este modelo. Um electricista vir dizer-nos, 5 minutos antes do nosso casamento, que o quadro eléctrico da igreja rebentou no casamento anterior e que, literalmente, o nosso casamento está "por um fio", não chega! Termos o padre a dizer que Jesus está ali entre nós e que trouxe a sua Mãe, quando o conselho pastoral está todo presente, não é adrenalina suficiente (confesso no entanto que ficámos nervosos face ao potencial da Mãe de JC vir tirar-nos umas quantas satisfações). Não chega também ter o diácono de serviço a pressionar durante a omilía para fazer filhos (caramba homem, tenha calma, deixem lá dar o beijinho primeiro)!

Sem comentários: