quinta-feira, 15 de janeiro de 2004

Junto-me aos que sofrem do Síndrome Gaja Boa

Tenho feito um trabalho num cliente no Norte. Avisaram-me logo - vais trabalhar com a miúda que preenche os sonhos de 90% dos gajos que lá trabalham, e vais-te babar que nem um perdido.

Achei que não, afinal, trabalho é trabalho e conhaque é conhaque, não há cá misturas, e tenho mesmo é que fazer o trabalho.

Quando ela me foi apresentada e disse "bom dia" eu quase respondi "conhaque". Porra, é mesmo podre de boa, dentro daquele estilo "blonde compact innocent look", não sei se me consigo explicar.

Na 2ª reunião já ela trazia um cachecol sobre os ombros, a cobrir casualmente o peito. Será que tinha achado que eu lhe iria porventura galar o bonito peito 34, copa B? Eu que até me esforcei para nem olhar para lá? Deve ter sido coincidência...

No open space dela oiço sempre um murmurinho baixo quando chego e ela levanta-se, toda sorrisos, para vir ter comigo. Já percebi que são os outros tipos a rosnar de raiva, e já me fui vacinar - tétano, raiva e reforço da poliomielite. Foi o possível.

De resto, confirmo os sintomas do Síndrome Gaja Boa - breves tonturas, ansieadade, garganta seca, sensação de cuecas apertadas... tudo. Sou um paciente típico.

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