quinta-feira, 28 de setembro de 2006

O bacalhau vai acabar

Diz-nos o Portugal Diário que o bacalhau pode desaparecer em 15 anos. E diz-nos assim de chofre, sem uma preparação prévia, um carinho, um mimo... nada... nem um aconchego, como quem nos prepara para o embate. Não é a taínha, não é a chaputa, não é o cherne... é dito com todas as palavras, à bruta, com a crueldade espelhada em cada píxel no ecrã: O... bacalhau... pode... desaparecer... em... 15... anos!

Depois dos Dinossauros, dos Mamutes, dos Tigres Dentes de Sabre, do Mexilhão de Anel Cor-de-Rosa, chega inevitavelmente a vez do bacalhau.

É a tragédia, é o terrorismo piscícola, é o desaparecimento de um mito...

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Caramba, e eu não consigo deixar de pensar que temos uma responsabilidade considerável neste desaparecimento, uma vez que o nosso consumo anual de peixe é o dobro da média europeia!

Finalmente participamos de forma activa e com um peso substancial em algo grande, em algo com projecção mundial. Mentalizemo-nos: a malta limpou o sebo ao bacalhau e 'mai nada. Os japoneses acabam com as baleias?? Maçaricos, nós acabamos com o bacalhau, que é uma verdadeira fera dos oceanos. Roam-se todos... NÓS SOMOS BONS, pá!

P.S. - Antecipam-se alterações às ementas dos restaurantes portugueses, onde poderemos encontrar Sardinha à Zé do Pipo, Tamboril à Brás e Fanecas à Gomes de Sá, sem esquecer obviamente as deliciosas Pataniscas de Jaquinzinhos.

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