segunda-feira, 16 de agosto de 2004

Bébés... ternurinhas ou meros intestinos com cornetas na ponta?

Tenho um cão bébé. O indivíduo foi introduzido na minha residência, e o primeiro facto que constatei foi a quantidade de caca que uma coisa tão pequena consegue conter. Impressionante mesmo, as quatro alarves poias com que fui presenteado durante uma emocinante noite de doggysitting em que a constante da noite foi, para além das limpezas, a vigilância a todos os objectos que poderiam constituir uma possível tentação para brincar.

Ora, esta problemática é geral nos bébés... ou seja... amamo-los porque são ternurentos e queridos... e desesperamos, porque na realidade não passam de intestinos com cornetas na ponta. Há outras vantagens em ter um bébé. Entrar na Mango ou na Zara com uma criança é garantido que teremos dezenas de mulheres à nossa volta a querer ver, e a fazer algumas perguntas que bem respondidas até podem dar para uma rápida troca de números de telefone:
"Tão querido, é sua filha?"
"Não não... sou o tio solteiro dela... mas é a menina dos meus olhos... faço tudo por ela"
"Ahh, mas toma conta dela?"
"Sim, teve que ser, mas dá tanto trabalho... tenho que arranjar uma pessoa disposta a ajudar-me a tomar conta desta pequena ternurinha"
O resto já se sabe, do "ah e tal, número de telefone e que charme que a menina tem, e que faz logo à noite pois conheço um bar genial, e não não, não tem problema, posso deixar a bébé com a avó..."

O cão está lindo, continua a produzir excelentes exemplares de poias que guardo na memória com o maior orgulho, e se me deixarem entrar na Zara ou Mango com ele, vou averiguar se o efeito é semelhante a uma criança.

Sem comentários: