Por falta de bateria no meu identificador da Via Verde, dirigi-me aos balcões desta entidade para proceder à sua substituição. "Uma pequena pilha", pensei eu, ficando totalmente abismado com os 6,5€ que me levaram pela mesma! "Gatunos" vociferei, mas depois de assolado por um rasgo de bom senso lá percebi que afinal não devia estar perante uma pilha comum... não senhores... só podia estar perante uma MARAVILHA TECNOLÓGICA, UM RASGO DE GENIALIDADE DO SER HUMANO! Por isso imagino que dentro do meu pequeno identificador pode ocorrer um de dois cenários que justifique perfeitamente os 6,5€ cobrados:
a) Tal qual prodígio da física atómica, o identificador tem um pequeno reactor nuclear que o alimenta, permitindo a emissão de sinal para a Via Verde, justificando assim os 6,5 €. Entrego o identificador à menina da Via Verde, ela vai lá dentro recarregá-lo de plutónio e pronto, como novo. Ninguém me falou em radiações ou assim, mas o facto da senhora que me atendeu ter uma orelha no lábio superior e sobrancelhas nos dentes deixou-me desconfiado;
b) A minha via verde é na realidade alimentada por um hamster anão mutante amestrado com o tamanho reduzido em laboratório, permitindo que viva de forma folgada no identificador. Sempre que sente a viatura a trabalhar, o hamster corre para uma roda giratória que, ligada a um pequeno dínamo, permite gerar a energia necessária ao identificador! (reduzir hamsters em laboratório é carotes, o que justifica os 6,5€. Há ainda uma versão equivalente com baratas, à laia de combustível alternativo, que faz o mesmo efeito, resiste a um potencial holocausto nuclear e custa somente 6,2€)
Claro que uma pilha vendida nas vulgares lojas chinesas faria provavelmente o mesmo serviço... mas não... não seria a mesma coisa.
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Via Verde
5 comentários:
As pilhas que se usam nas Via Verde são umas 1/2AA 3.6V. A última que comprei para uma motherboard custou-me €3.5. A substituição da pilha não é simples, mas não é nada que n se faça com um ferro de soldar e algum jeitinho! ;)
Livra! Grande Botinhas, deve ser isto que se chama ter inside information.
Safa... fiquei impressionado!
Vou comprar um ferro de soldar para da próxima vez ser eu a profanar o meu identificador!
Já vou um bocado tarde no comentário, mas, à laia de chico-esperto, adianto que a tal pilha de 3.6 V não é uma pilha qualquer, não é nuclear mas é de Iões de Lítio... hoje em dia custarão nas lojas uns 5 eurozitos. Não é o preço da pilha que está em causa, mas quando fazemos um contrato com a via verde julgamos que a ViaVerde só vende portagens. Afinal não. Também vende pilhas!!! Façam as contas aos ID's que existem e vão ver que é um bom negócio.
Este comportamento da Via Verde relativamente à troca de pilhas, só se justifica por haver um bom benefício para certas pessoas da instituição pois é uma negociatazinha bem interessante para eles, que vai justificando umas "massaszinhas bem boas" para engordar o ordenado. Alguém encontrou o El Dorado. Despudoradamente, obrigam milhares de portugueses a fazer quilómetros, dispendendo tempo, dinheiro e paciência para trocar uma simples pilha. Qualquer justificação dada, invocando razões técnicas não faz sentido. Há tanta coisa bem mais complexa que um identificador da Via Verde, que toda a gente compra e usa e não precisa destas mariquices. De qualquer forma, se há necessidade de avaliação técnica por pessoas qualificadas, quando a luz amarela aparece, há tantas lojas e oficinas da especialidade espalhadas pelo país, com quem a Via Verde poderia, por exemplo, fazer parcerias. Certo? Revoltem-se porra! Não são só as finanças que irritam. Estes senhores também...!
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