Desilusão! Desilusão foi o que senti com a escritura! Dias a fio a fantasiar com o momento da escritura e afinal não passa de um fiasco. Que desgosto.
Após ver uma conservatória que em tudo se assemelha a um crematório, achei que no mínimo o local de uma escritura poderia parecer-se, vá lá, com um jazigo. Não. Nada disso. A sala de espera é idêntica à de um hospital, com a diferença que não cheira a éter, as revistas datadas foram substituídas por publicidade a produtos bancários e as enfermeiras roliças por um segurança de cabelo espetadinho graças a vários frascos de gel.
O momento da escritura foi um fiasco. Um senhor notário (falavam do Senhor Doutor Notário como se fosse Deus himself) leu uma série de prosas bem escritas, toma lá dinheiro, dá cá chaves, felicidades e cumprimentos lá em casa e pronto... já está.
Então e a música de fundo? Sempre imaginei assinar a minha escritura ao som da banda sonora do filme "Momentos de Glória" e a única coisa que ouço é o irritante pigarrear do Senhor Doutor Notário? Nem fanfarra, nem majoretes... nada! Chego à rua não tenho ninguém a felicitar-me e quando arranco no meu carro nem uma lata presa ao pára-choques, com vários cartazes a dizer "Proprietário de Fresco"! Miséria!!!!
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
Casa nova - Parte 2 - A escritura
escrito por Axe @ 23:31
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