terça-feira, 25 de novembro de 2003

Os urinóis públicos na arquitectura contemporânea (parte I)

Permitam-me inaugurar uma séria sobre um problema que me preocupa desde há anos – o mau conceito de arquitectura e design que grassa por essas casas de banho públicas afora. Parecem desenhadas por gajos porcos e sebosos e não por um arquitecto. E se calhar foi assim mesmo…

As senhoras que me desculpem, mas isto vai ser um tema para machos.

Urinol público abarca as casas de banho dos centros comerciais, das estações de serviço, da rodoviária nacional, e similares.

Vamos escalpelizar o problema por partes.

Entrar no WC público: de porta aberta ou fechada, não há problemas de maior.
Escolher o urinol: Sabendo que os homens não gostam de ficar lado a lado, o nº de urinóis tende a ser impar, o que é positivo. Por exemplo, se temos 5 urinóis, dá para 3 gajos, nas posições 1, 3, e 5. Se chega um 4º utente do WC, terá a escolha difícil de importunar 2 pessoas, seja na posição 2 ou na 4. A melhor opção será esperar por uma vaga nas posições ímpares. Em termos de arquitectura, recomendam-se 3, 5 ou 7 urinóis consecutivos, nunca mais, e nunca em nº par.

Neste ponto, o utente mija. Sacode 2, 3 vezes, e pensa na descarga de água. Olha para o botão metálico. Sujo. Quantos gajos antes dele terão lá posto o dedo? Com pingos de mijo da sacudidela? E os restos da pívia do último velhadas tarado que por ali passou? E tu leitor, pões lá o dedo?

3 opções, a ver no próximo post.

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