(ver parte I, no post abaixo)
Ora, face ao conspurcado botão do autoclismo no WC público, as 3 opções do utente são:
Na primeira, virar costas e deixar o mijum amarelo a fermentar e a libertar odores, mas mantendo os dedos limpos e longe da nhanha dos outros. Ignorar as vozes de “porco” e “lá em casa também és assim?”. Eles que metam lá o dedo deles no botãozinho!
Na segunda, arriscar o contágio, e premir o autoclismo do urinol, com o pensamento no lavatório, que está próximo. Usar a outra mão para recolher o mangalho e fechar o fecho ou os botões das calças.
Na terceira, puxar de um lenço de papel para interpor entre a conspurcação do botão do autoclismo e os nossos dedos imaculados.
A “definitive solution” passa pelos sensores electrónicos, que permitem, assim que um gajo se afasta, uma descarga limpa e eficaz. Estão atentos, senhores arquitectos?
Afinal, como diz um provérbio francês: “Há 2 tipos de homens, os que lavam as mãos depois de mijar e os que não lavam as mãos depois de mijar. Os primeiros têm de lavar as mãos porque têm o mangalho sujo.”
Enfim, conclusões de franciús…
Segue-se o acto de lavagem das mãos, necessário nos casos em que:
- O utente tem o mangalho sujo (vide provérbio francês)
- O utente sacudiu com pouca arte
- O utente, contra toda a lógica, premiu o botão do autoclismo
O utente dirige-se então ao lavatório.
E a torneira? Como abrir uma torneira? Considerando os 3 motivos de lavagem aqui apresentados, qualquer utente que se dirija à torneira vai sujá-la.
Até se poderia pensar: mas então, se vamos lavar as mãos de imediato!
Uma falácia, porque a mãozinha lavada vai fechar a torneira suja…
Senhores arquitectos, as torneiras com sensores estão cada vez mais baratas! Aquelas torneiras que com um toque em cima despejam água durante 20 segundos também são interessantes, porque não exigem a operação de fecho.
Em alternativa, o utente pode recorrer a mais um lencinho de papel, mas começa a parecer larilas, de tanto usar lenços de papel, para um acto simples como urinar.
Próximo e último post da série: secar as mãos e sair da casa de banho.
quarta-feira, 26 de novembro de 2003
Os urinóis públicos na arquitectura contemporânea (parte II)
escrito por Blitzkrieg @ 07:30
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