sexta-feira, 5 de dezembro de 2003

Afónico

Raios, é oficial, estou afónico. Devido a um maldita constipação a minha voz não passa de murmúrios lastimantes. Associado a isto, vêm todas as dificuldades do quotidiano:
- Para chamar alguém que esteja do outro lado da sala tenho que:
a) Mandar um mail;
b) Atirar-lhe com qualquer coisa, e de momento as únicas coisas atiráveis que tenho à mão são o carregador de bateria do portátil e um pacote de detergente de roupa "TOTAL Concentré" de 220ml (182.6gr) e que aparentemente dá para 2 máquinas com temperaturas entre os 30° e os 60° (o porquê de eu estar no estrangeiro com um mini-pacote de detergente de roupa na minha mesa será revelado um dia, se me apetecer...)
c) Mandar uma cotovelada no mancebo aqui do lado e sinaleticamente pedir-lhe para chamar o devido receptor.
- Na casa de banho se alguém bate à porta só posso:
a) Esmifrar a voz para puxar um raquítico som. Nunca sondei a opinião da pessoa do outro lado, mas dá mesmo a ideia que estou no meio do "controlo fronteiriço da mercadoria"
b) Bater também na porta. Ridículo.
- Nas reuniões consigo colocar toda a gente com cara de esforço a tentarem perceber o que digo;
- Para atender ao telefone tenho que voltar a chamar o mancebo. (o que até dá um certo estilo, ter um secretário para atender o telefone. A ver se para a semana o gajo não percebe que já estou bom);
- Aqui chamam-me de "Godfather" por parecer com o Marlon Brando a falar no filme do Padrinho.

Enfim, o que vale é que a miúda da agência de viagens adorou a voz, por isso vou tentar decorar o som e praticar em casa, para quando estiver curado conseguir uma imitação perfeita.

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