sábado, 20 de dezembro de 2003

A laçada feminina

Em tempos idos, dizia-se que uma mulher conquistava o homem pelo estômago - uma cozinheira prendada teria casamento assegurado.

Em tempos ainda recentes, dizia-se que a mulher, para estimular o ímpeto matrimonial no companheiro, engravidava. Resultados quase sempre garantidos, a julgar pelo número de amigos meus que ficaram gravidamente apaixonados.

Hoje em dia, os homens andam distraídos, e venho alertar para o mais recente método de laçada casamenteira em uso na praça - a compra de uma casa em conjunto.

Qual igreja qual quê - o verdadeiro casamento acontece na escritura, perante o notário e o Banco. A igreja é já um pro-forma, uma festarola para a família e amigos, em que a noiva se veste de branco imaculado, como sempre sonhou.

Bom mesmo seria levar um padre à escritura - abençoava as assinaturas e as alianças, metia €100 de comissão ao bolso e ala que se faz tarde. Sô Cardial Patriarca, para quando o casamento nos notários?

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