segunda-feira, 1 de dezembro de 2003

Os estádios de futebol chineses

Houve quem dissesse por esses jornais fora: Gasta-se agora o dinheiro nos novos estádios, mas temos estádios para 50 anos, que serão a inveja da Europa.

Idiotas umbilicais.

Vejam as propostas de estádios que a China está a analisar para os jogos olímpicos de 2008.

Pessoalmente, o meu favorito é o estádio B11, pela beleza estrutural.

Por outro lado, espanta-me a incúria dos responsáveis chineses - nem um estádio dedicado ao chao min de gambas, nem um em forma de "fortune cookies", e chop sticks nem vê-los. Por Confúcio, que opções arquitecturais são estas? Onde está a cultura chinesa naqueles estádios? Nem um estádio em forma de Templo de Shaolin, pelo menos?

Aqui em Portugal, o arquitecto Tuga Pato Bravo esteve melhor, salientando aspectos característicos da nossa cultura.

No Alvalade XXI, em memória da melhor tradição do azulejo nas fachadas das casas dos emigrantes, podemos observar uma explosão de côr, que foge ao tradicional azul oitocentista, que não poderia pontuar na casa leonina, que se impunha verde.

Na nova catedral benfiquista, o vermelho da bandeira nacional, que representa o sangue derramado pelos nossos soldados na defesa do solo pátrio. No caso benfiquista, simboliza adicionalmente o tom vermelho escuro de um arrozinho de cabidela de águia, numa ode à culinária nacional, em particular nos pratos de caça.

No estádio do Dragão, a estrutura redonda do estádio, um círculo de perfeição, um yin-yan futebolístico, uma... esperem... dragão, círculo, yin-yan? Mas aquela merda foi desenhada por um chinoca?!

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