segunda-feira, 11 de agosto de 2003

As múmias da TV

Depois da menção ao TV Rural e ao Eng. Sousa Veloso, não posso deixar de denunciar que existem múmias, zombies e cadáveres em alguns programas da televisão em Portugal, com o objectivo de manter audiências na faixa dos 60-105 anos, que é quem se recorda destes desgraçados:

Júlio Isidro. Suspeita-se que tenha morrido em 1992 num ensaio para um novo programa de 14 horas consecutivas ao domingo. Desde então, a RTP tem apresentado programas montados com recurso às 300.000 horas de imagens do Júlio Isidro, em que existem frases e situações suficientes para mais 7 anos de supostos originais, que irão suceder aos gloriosos “Passeio dos alegres”, “Domingo é Domingo”, e outros.

Raul Solnado. Morto em 1987 de ataque cardíaco, enquanto fornicava a Linda Reis. Está empalhado no Museu do Traje, de onde sai ocasionalmente par a entrevistas simuladas.

Carlos Cruz. Morreu na segunda lua de mel. Por motivos de seguros e cumprimento de contratos com a RTP, a sua morte foi abafada e manteve-se a ideia de que estava vivo, até se poder os programas e simular o seu atropelamento por um autocarro da Carris, para a esposa receber mais uma indemnização. Entretanto, os seguros descobriram tudo e lançaram uma cabala de pedofilia sobre ele, enquanto lançavam o corpo ao mar, não sem antes tirarem algumas fotos comprometedoras com jovens e animais. Não é de estranhar que nunca mais tenham havido fotos dele desde a sua suposta prisão…

Henrique Mendes. Já no programa “Ponto de encontro” usavam imagens de arquivo. Morreu em 1998, no Oceanário de Lisboa, enquanto tentava alimentar as focas. Foi tudo abafado devido ao turismo e à Expo 98.

Prof. José Hermano Saraiva. Caiu dentro da tumba de Camões, durante umas filmagens em 1984. Está lá desde então. Os seus programas, históricos, nunca se desactualizaram, e ainda são emitidos.

António Guterres. Morreu de choque quando viu a conta do prejuízo que deu ao país. A gravação com a sua demissão estava feita desde o primeiro mandato, altura em que o PS planeava o seu internamento no Júlio de Matos. Está sepultado no Largo do Rato, debaixo da paragem do 27.

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