terça-feira, 5 de agosto de 2003

A já conhecida mecânica francesa...

Pois é caro amigo, a mecânica francesa tem muito que se lhe diga. Eu próprio já fui utilizador de um produto dos nossos vizinhos franceses (sim, porque eu não conto com a Espanha, essa província portuguesa) e digo-te meu caro, que a vida não era fácil. Alguns aspectos mais interessantes que me aconteceram aos comandos do meu modelo (um modelo fínissimo, que ficava bem no parque de qualquer casino de Monte Carlo):

- A meio de uma viagem importantíssima (estava 47 minutos atrasado para o almoço com a minha avó) o carro pára. Chamámos o mecânico mais próximo que, para vos dar uma ideia, seria o Manoel de Oliveira da mecânica automóvel. Um velho ancião de pele marcada por cremalheiras e pistões de arranque, que após dar um olhar atento à minha viatura achou por bem não lhe tocar e chamar alguém da marca. Na marca, após análise minuciosa à complexa panóplia de mecanismos electrónicos, descobriram que o fio principal de electricidade (o que quer que isto seja) estava cortado. Considerando que esse estuporado fio estava debaixo de carradas de plástico que compõem o interior da viatura, ainda hoje estou para saber como é que se cortou sozinho;
- Fiquei sem bateria no meio de uma conhecida mina alentejana, e nem com cabos consegui dar uma nova vida ao motor. Teve que ser o chefe de tesouraria e controlo de fornecedores a meter mãos à obra, neste caso mãos à carroçaria, e empurrar a viatura estrada abaixo;
- Fiquei sem a ventoinha que nos permite refrescar o interior, o que me obrigou a fazer Castro Verde - Lisboa de janela aberta. Considerando que foi em Novembro, a coisa nem foi lá muito pacífica;
- Aquando da troca de discos dos travões, o mecânico (desta vez não contactei o velho ancião e fui directamente à marca) encontrou no chassis um isqueiro e um cinzeiro. Muito se pode especular acerca desta aparição, mas o meu respeito pelo oculto não me permite. Quem sabe se o quarto segredo não está relacionado com o prazer que Fátima sente em mandar uma passa após uma refeição.

Mas nem tudo é mau. Graças à fama desta marca, consegues convencer colegas tuas que a única maneira das escovas do vidro funcionarem é dando pancadinhas no porta luvas, o que é engraçadíssimo quando começa a chover. Sempre que ela dá a pancada, accionas as escovas apenas uma vez sem ela reparar.

Mas... voltando às lesbianas colegiais, ficaste com o carro ou foste com elas???

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