sábado, 23 de agosto de 2003

Xutos live in Bragança

Os velhotes lá compareceram em palco. Aparentemente sóbrios, aparentemente sem cavalos...
Os Xutos são uma banda de guitarras comme il faut (desculpem o emigrês...): os vary light a rodopiarem, a fumaça a encher o palco e a verter para a primeira linha, 3 gajos de pernas abertas na boca do palco a zurzirem o cordame dos instrumentos, um baterista feio, e toque delicioso, a parede de amplificadores Peavey a válvulas a servir de monição (escreve-se assim mesmo). E se não eram Peavey, pareciam Peavey!

Som forte, pesado. O Zé Pedro com um colete de cabedal preto, aberto, a mostrar o peito e a barriga de cervejola. O Tim e o Kalú de cabelo aparadinho. Bom som, bom ritmo, quer se goste ou não. E eu gostei. É verdade que continuam a tocar como se estivéssemos nos seventies... e cantam tão mal que têm de dividir as palavras todas em monossílabos (con-ten-to-res, a-de-us ó me-us a-mo-res)... mas os roqueiros são assim mesmo - puros e brutos. E só me faltou mesmo foi uma imperial de litro na mão... já tatuei "Xutos Forever" numa unha do pé.

Terminaram com a "Maria", a cantarem "De Lisboa a Bragança são 9 horas de viagem"... a malta vibrou!

Vox populi:

familiar A: Estes estão para aqui a agradecer ao público, que veio tanta gente. São mesmo tolinhos. Não sabem que hoje é o dia do arraial e que o pobo beio ber o fogo de artifício?! Ai, ai, para os oubir a eles debem ter bindo uns quinhentos... os outros miles querem é fogo.

familiar B: É uma bergonha para a cidade! Bêem para aqui fazer barulho! Eu num lhes pagaba! E dizia-lhes: - fora daqui, carai, que só fazem barulho! Ai dizia. Ainda se pusessem uns fados... assim, suabe... ou se fossem comó Tony Carreira...

nota: os nomes dos familiares foram alterados para garantir o anonimato.

Sem comentários: